Órgão ambiental gaúcho cobra conclusão das obras emergenciais da empresa para prevenir agravamento da situação
Multada por ser considerada como uma das principais culpadas pela morte de 85 toneladas de peixes no Rio dos Sinos, em 7 de outubro do ano passado, a União dos Trabalhadores em Resíduos Especiais e Saneamento Ambiental (Utresa) recebeu aviso para que conclua urgentemente as obras emergenciais para prevenir o agravamento da situação em que se encontra.
O diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) explicou que as determinações, que tiveram o amparo do Comitê Gestor do órgão, se não forem cumpridas acarretarão na suspensão das atividades da Utresa, com a conseqüente responsabilização dos problemas ambientais decorrentes.
As determinações foram recebidas por um dos novos responsáveis técnicos da Utresa, Ivana Wazen (foto).
A Fepam determinou a interdição imediata da vala 7, bem como a conclusão, em um prazo de sete dias, da bacia de acumulação dos percolados e o início da transferência dos mesmos. Também foi determinada a realização de obras para evitar riscos de desabamentos junto ao talude da vala 7.
A Fepam exigiu ainda a contratação emergencial em um prazo de 30 dias, por parte da Utresa, de auditoria independente, para identificação dos principais problemas, bem como de medidas de prevenção e correção, e elaboração de plano de obras e monitoramento dos riscos de poluição ambiental existentes, inerentes ao funcionamento da empresa.
A auditoria deve abranger o inventário dos insumos da empresa (caracterização dos resíduos que a Utresa recebe para tratamento) e identificação de seus clientes (empresas de origem do resíduo). O plano da auditoria deverá ser apresentado à aprovação pela Fepam para estabelecimento conjunto dos prazos a serem cumpridos.