As três africanas mostraram a forte luta pela igualdade dos direitos femininos e busca da democracia em seus países. Duas das vencedoras lutaram contra a guerra civil.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Prêmio Nobel da Paz deste ano será compartilhado por três mulheres africanas. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, dia 07, pelo Comitê Norueguês do Nobel na Suécia. As vencedoras são a presidente da Líbia, Ellen Johnson-Sirleaf, a militante da Libéria, Leymah Gbowee, e a jornalista e ativista do Iêmen, Tawakkul Karman.
Durante o anúncio das premiadas, o Comitê afirmou ter a esperança que, com a escolha de três mulheres guerreiras para o prêmio, o mundo pare de reprimir as mulheres e perceba o grande potencial que para a democracia e paz que as mulheres representam. Ellen e Leymah, ambas liberianas, foram escolhidas pela mobilização das mulheres liberianas contra a guerra civil no país. Já Tawakull, a iemenita, foi premiada por lutar pelos direitos femininos e pela democracia no Iêmen.
A história das vencedoras do Prêmio Nobel da Paz 2011
Ellen Johnson-Sirleaf, 72 anos, foi a primeira presidente mulher eleita livremente em um país africano, no ano de 2005. Apelidada de “Dama de Ferro”, ela é economista, mãe de quatro filhos e tenta a reeleição em pleito marcado para a próxima terça-feira, 11. Foi escolhida por garantir a paz na Libéria, reforçar o lugar das mulheres e promover o desenvolvimento econômico e social do país.
A também liberiana, Leymah Gbowee, foi ativista durante a segunda guerra civil liberiana de 1999 a 2003. A ativista, inclusive, mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra através de uma greve de sexo em 2002. Ela também ajudou as mulheres a garantir seus direitos políticos, as organizando acima de suas divisões étnicas e tribais no país.
Já Tawakkul Karman, ativista do Iêmen, teve importante participação na Primavera Árabe, movimento de pró-abertura democrática que mexe com a política de vários países árabes desde o início do ano. A ativista e jornalista continua lutando pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz em seu país.
Informações de portal G1 e Agência Brasil
FOTO: reprodução / The Guardian