Garis começaram a limpeza do interior do local, pais e responsáveis buscam fazer transferências e pegar materiais dos filhos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A movimentação foi intensa nesta segunda-feira, dia 11, na porta da Escola Municipal Tasso da Silveira, bairro Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, cinco dias depois de um atirador matar 12 crianças.
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A calçada do colégio está tomada por flores, velas, cartazes e brinquedos. Garis da Companhia de Limpeza Urbana do município começaram a limpar o interior da escola, lavando as manchas de sangue nas paredes, portas, no chão das salas, corredores, escada e na entrada do prédio.
A escola continua fechada: o acesso só é permitido a professores e funcionários. Pela manhã, dois responsáveis foram ao local pedir a transferência dos netos, mas ouviram do porteiro que talvez não fosse possível conseguir o documento nesta segunda-feira.
Ubiratan Soares, de 65 anos, disse que a neta, que estuda na Tasso da Silveira à tarde, não quer mais entrar no colégio e que por isso foi pedir a transferência da menina. “Ela não quer mais voltar para essa escola. Ela não consegue dormir, fica vendo televisão a noite toda”, desabafou.
Ana Maria Alves Pinheiro também foi à Escola Tasso da Silveira nesta manhã, pedir a transferência da neta de 13 anos e que, apesar de estudar à tarde, conhece as vítimas da tragédia. “Ela está muito perturbada, fica chorando o tempo inteiro. Ela não dorme, ri à toa. Ela não está bem. A gente está precisando de um psicólogo”, disse a senhora.
Noeli Rocha, mãe da menina Mariana, morta pelo atirador, foi à escola buscar o material escolar da filha, mas teve que voltar à tarde. “Não é coisa de importância. É só uma mochila, mas para mim é importante. O que será que ela sentiu, eu não estava aqui para defendê-la… Eu ainda escuto minha filha me chamar”, disse com a voz embargada.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / Victor R. Caivano-AP