Balanço da Defesa Civil aponta 13 mil desabrigados ou desalojados. Presidente promete “ações firmes” para ajudar a reconstruir Nova Friburgo.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Já chegam a 397 os mortos em conseqüência das chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro entre a noite de terça-feira, dia 11, e a madrugada desta quinta-feira, 13.
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Ainda há desaparecidos, segundo informações da Defesa Civil do Estado, além de milhares de desabrigados.
A Prefeitura de Sumidouro confirmou a morte de 17 pessoas e as buscas por desaparecidos continuam. Em Teresópolis, uma das cidades mais afetadas da Região Serrana, mais de 600 pessoas estão em abrigos, segundo a Defesa Civil municipal.
Segundo balanço da Defesa Civil, há pelo menos 13 mil desabrigados (aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos) ou desalojados (que podem contar com a ajuda de vizinhos e familiares) no estado. Em Petrópolis há 3.600 desalojados e outros 2.800 desabrigados.
Somente em Teresópolis, a Defesa Civil contabiliza 1.300 desalojados e 1.200 desabrigados. O rio Santo Antônio transbordou e, em alguns pontos da região do distrito de Itaipava, a água chegou a mais de dois metros de altura. Muitos moradores, de acordo com a Prefeitura, ficaram ilhados.
Em Nova Friburgo ficaram desalojadas 3.220 pessoas e, 1.970, desabrigadas. A presidente Dilma Rousseff sobrevoou a cidade nesta quinta-feira, 13. Acompanhada do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ficou em Nova Friburgo por cerca de uma hora e teve uma reunião com ministros e autoridades locais. Abordada por jornalistas, disse apenas que “governo promete ações firmes para ajudar a reconstruir a cidade”.
Governador justifica tragédia
Sérgio Cabral solicitou ao comandante da Marinha Brasileira, almirante Júlio Moura, helicópteros da Força Armada para ajudar no deslocamento de mais tropas e equipamentos do Corpo de Bombeiros.
Em entrevista à rádio CBN, Cabral disse que a “tragédia anunciada” se deveu a uma combinação da intensidade inesperada dos temporais com a ocupação irregular das encostas. “É como a gente viu ano passado em Angra dos Reis: a ocupação residencial nas últimas décadas, independente do nível social, numa área imprópria, combinada ao fator do deslizamento”, afirmou.
“Não quero culpar prefeito A, B ou C, mas há um conceito, que vem de décadas, de permissividade na ocupação de encostas. Caso nós tivéssemos um padrão rígido de ocupação de encostas, teríamos vítimas, sim, mas não tantas”.
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FOTO: reprodução / O Globo