Povoada por imigrantes alemães a partir de 1829, Morro Reuter preserva consigo uma rica tradição de cantos, danças e culinária, que continuam vivas no cotidiano do município até hoje. Visando valorizar e manter essas tradições, a cidade ganha seu primeiro museu dedicado a contar essa história, através de uma abordagem inovadora e envolvente.
Trata-se do projeto Museu Itinerante – Uma viagem pela história. O museu será instalado dentro de um ônibus escolar, que levará um rico acervo histórico até as diversas localidades do município.
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Além de objetos que contam a história dos hábitos dos antepassados, um conjunto de banners explicativos com textos e fotografias relembram como era Morro Reuter nos séculos 19 e 20. Os prédios centenários, que ainda resistem ao tempo, como o Armazém Kieling, ou os que já não existem mais, como a primeira escola do Município, o prédio da sede da Igreja Imaculada Conceição ou, ainda a antiga rodoviária, estão no acervo.
Mais do que levar a história e cultura de Morro Reuter para todas as partes do município e facilitar o acesso à informação histórica para todos os cidadãos, especialmente estudantes, o projeto visa fortalecer a identidade comunitária, celebrando a rica herança cultural deixada pelos alemães e seus descendentes, nesses 200 anos de imigração.
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Eu adoro visitar o Casarão das Artesãs, localizado no centro de Morro Reuter, ao lado da praça central. A casa de alvenaria, construída em 1888 e pertencente à família Feltes, é um verdadeiro tesouro e um patrimônio preservado.
Dentro do casarão, encontram-se diversos produtos artesanais, feitos pelas talentosas artesãs da cidade. Este local preserva o trabalho manual, que se torna cada vez mais raro nos dias de hoje, valorizando um legado construído com muita luta pelos imigrantes. Além disso, o casarão fica ao lado de uma praça que esbanja charme e aconchego, tornando a visita ainda mais especial.
*Por Thaís Backes Klein
Secretária de Cultura de Morro Reuter