O governador do Estado, Eduardo Leite, decretou estado de calamidade pública no fim da noite desta quarta-feira (1º) devido aos “eventos climáticos de chuvas intensas”. Os temporais que atingem o RS desde segunda-feira (29) já causaram 13 mortes, deixaram 21 desaparecidos e tiraram mais de 8 mil pessoas fora de casa. No total, 134 cidades sofreram algum tipo de prejuízo.
O decreto do governador, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, diz que o RS é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III – caracterizados por danos e prejuízos elevados.
Os eventos meteorológicos ocasionaram “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, com a destruição de moradias, estradas e pontes, assim como o comprometimento do funcionamento de instituições públicas locais e regionais e a interdição de vias públicas”, descreve o decreto assinado por Leite.
Com a entrada em vigor, fica decretado que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas. Acrescenta que poderá ser encaminhada solicitação semelhante por municípios, que serão avaliadas e homologadas pelo Estado.
O governo anunciou ainda a suspensão das aulas na rede pública estadual. A medida vale na quinta (2) e na sexta-feira (3) em escolas do RS. O decreto deve vigorará por 180 dias.
Projeção de desastre pior do que o enfrentado em 2023
Nesta quarta-feira(1º) , o governador do Estado, Eduardo Leite, esteve em uma coletiva de imprensa na sede da Defesa Civil estadual, em Porto Alegre, para fornecer atualizações sobre a situação do Rio Grande do Sul após as intensas chuvas da semana. De acordo com o relatório, áreas que já foram impactadas durante a emergência em setembro passado correm o risco de serem afetadas novamente, exigindo a evacuação imediata de residentes em áreas de risco.
Durante o encontro, Leite destacou as dificuldades enfrentadas pelas equipes de resgate para realizar as operações, devido às condições meteorológicas que persistem desde segunda-feira (29/4). Por isso, o governador enfatizou a necessidade urgente de que os moradores que residem em áreas de risco deixem suas residências e busquem abrigo seguro.
“Infelizmente, a situação deste ano deverá ser pior que a de 2023. Veremos ainda um aumento nos níveis dos rios devido às chuvas. Então, é crucial que as pessoas se protejam e busquem abrigo em locais seguros, longe do perigo das inundações. Também pedimos que tomem cuidado com locais de encostas, onde pode haver deslizamentos devido ao encharcamento da terra”, frisou Leite.
Durante a coletiva, foram apresentadas informações sobre a situação atual das chuvas e as previsões para os próximos dias. Após as intensas precipitações, particularmente na Região Central, conforme relatado pela Sala de Situação, tem sido observado um aumento significativo no volume dos rios Jacuí, Pardo, Taquari e Caí. Nos próximos dias, as regiões Norte e Nordeste do Estado também devem começar a sofrer as consequências das chuvas.