Por 34 votos a zero a oposição rejeitou o tarifaço proposto pela governadora Yeda Crusius
Governadora Yeda Crusius perde e os Democratas liderados pelo vice-governador Paulo Feijó e a oposição saíram vencedores no jogo de braço contra o tarifaço proposto pela governadora. O governo acaba de sofrer uma derrota histórica na Assembléia.
Depois de passar semanas em negociação com a sociedade, o projeto de aumento das alíquotas de ICMS foi rejeitado no plenário da Assembléia por 34 votos a zero. Fracassou a estratégia de esvaziamento do plenário. A oposição tomou conta da sessão e todas as propostas foram rejeitadas. As propostas foram votadas sem discussão nenhuma.
Votaram pela rejeição do pacote: 10 deputados do PT; 2 PSB; 1 PCdoB; 2 PTB; 3 DEM; 5 PDT; 1 PPS; 7 PP; 3 PMDB.
Com a rejeição do pacote as dificuldades do Estado aumentam disse o chefe da Casa Civil, Fernando Zacchia, em entrevista a uma rádio de Porto Alegre. As despesas aumentaram em R$ 1 bilhão em 2006, em virtude de ações judiciais referente as despesas com pessoal, apesar dos cortes promovidos por Yeda. “Teremos que analisar os incentivos para a iniciativa privada”, argumenta.
A governadora faz neste momento uma reunião com todo o secretariado e faz uma avaliação completa do processo de votação. O Secretário Fonna disse a pouco numa rádio local que foram convocados todos os secretários, inclusive do PP e PTB que integram a base do governo na Assembléia Legislativa, que votou contra o projeto do governo.
O secretário da Ciência e Tecnologia, Pedro Westphalen (PP), disse a pouco, durante uma entrevista concedida a uma rádio da capital, que estava se deslocando para o Palácio Piratini a fim de entregar o cargo a governadora Yeda Crusius.
“O Rio Grande do Sul vai entrar um novo ano pela segunda vez com investimento zero; vamos ter agravamento das condições para o pagamento da folha dos servidores a partir de janeiro de 2008; vamos ter que aumentar os cortes dos créditos de exportação; e seremos obrigados a cortar também incentivos e os créditos presumidos”, afirmou o secretário da Fazenda, Aod Cunha, antes da votação, já prevendo a rejeição.