Dados de uma pesquisa que mostra o cenário de maturidade do sistema gaúcho de startups foram apresentados na manhã desta quarta-feira (20), no RS Innovation Stage. O espaço é o palco do governo gaúcho no South Summit Brazil, evento correalizado pelo Estado. O relatório final do estudo é da Rede RS Startup e está disponível clicando aqui.
A moderadora do painel, Carina Pasqualotto, gestora de Inovação e Tecnologia da Rede RS Startup, explicou que o objetivo foi pesquisar a maturidade do sistema gaúcho de startups para poder compreender as necessidades desses empreendimentos. “Entendemos um ecossistema como entendemos as pessoas: um ciclo de vida. Até o conjunto de maturidade, acontecem muitos elementos. Para o estágio maduro do ecossistema, precisamos avaliar sustentabilidade, economia, sociedade, capital humano, infraestrutura e ambiente político-legal”, ressaltou Carina.
A gestora de Inovação e Tecnologia da Rede RS Startup, Juliana Panosso Ferry de Souza, destacou que o Estado vem se destacando nos estágios de maturação das startups. “Podemos constatar que a tecnologia está a favor da população. Todos os dados mostram um ecossistema robusto e preocupado com a população e em promover uma estrutura em que as startups se desenvolvam com mais suporte”, enfatizou.
DADOS SOBRE O RS
Sustentabilidade
- 1º lugar na Transparência das Ações de Combate ao Desmatamento
Economia
- 1º lugar em Empreendimentos Inovadores
- 2º lugar no pilar Inovação
Sociedade
- 5º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano
- 4º lugar em Sustentabilidade Social
Capital Humano
- 1º lugar em Avaliação da Educação
Infraestrutura (Porto Alegre)
- 5º lugar no ranking de Ecossistemas Emergentes da América Latina
- 5º lugar no ranking de Ecossistemas Brasileiros
- 11º lugar no ranking de Ecossistemas da América Latina
- 14º lugar no ranking de Ecossistema da América Latina e Caribe
Político-legal
- 1º lugar em Prestação de Serviços Públicos Digitais
- Tempo médio de abertura de empresas: 20 horas
As fontes do dados são: Ranking de competitividade dos Estados (2023); StartupBlink (2023); e Prefeitura de Porto Alegre (2023).
O pesquisador convidado da Fundação Dom Cabral, Emídio Teixeira, mostrou os dados do Power BI sobre os ecossistemas de inovação do Rio Grande do Sul. “O BI materializa o resultado de uma pesquisa ao longo de um ano que buscou entender como funciona o ecossistema nas diferentes regiões. Nosso Estado é diverso, com diferentes capacidades de recursos e elementos nas regiões. Apesar das dificuldades, nosso ecossistema tem sido bem-sucedido em desenvolver as organizações”, explicou.
Entre os principais dados da pesquisa estão:
- 245 startups pesquisadas;
- 6,66 como nível médio de capital financeiro das regiões;
- 7,78 como nível de infraestrutura para inovação nas regiões;
- 6,13 é o nível médio de governança nas regiões;
- 8,75 é o nível médio de maturidade das startups;
- 72,6% estão em fase de crescimento;
- 70,2% participam de programa de aceleração e/ou incubação;
- 22% conseguiram escalar seu negócio.
Os dados completos da pesquisa podem ser conferidos aqui.
A professora da Fundação Dom Cabral, Kadigia Faccin, endossou a importância de ter números para entender o cenário. “Temos milhares de possibilidades de interpretação, mas o que quero ressaltar é que precisamos olhar os dados e pensar para onde iremos agora, o que podemos fazer para melhorar. Avaliamos que o ambiente é como se fosse um adolescente: ele é super capacitado, mas precisa de experiência. Precisamos olhar as regiões e ver como sustentar o empreendedorismo de base tecnológica nesses locais e suportar as startups em início de carreira”, destacou.