Supremo, que já ouviu a defesa de 25 dos 38 réus do processo, terá a apresentação dos argumentos de mais cinco advogados.
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No oitavo dia do julgamento do processo do mensalão, os ministros ouvem nesta segunda-feira, dia 13, as sustentações orais dos advogados de quatro ex-parlamentares acusados de receber propina em troca de apoio ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso.
O Supremo, que já ouviu a defesa de 25 dos 38 réus do processo, terá a apresentação dos argumentos de mais cinco advogados. Irão falar os defensores do ex-deputado Bispo Rodrigues (ex-PL, atual PR-RJ), do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), do ex-deputado Romeu Queiroz, atualmente no PSB-MG, mas que era do PTB, e do ex-deputado José Borba (PMDB-PR), que se elegeu prefeito no interior do Paraná em 2008.
O quinto réu que apresentará argumentação será Emerson Palmieri, que foi primeiro secretário do PTB. Será a sexta sessão consecutiva para as sustentações orais dos advogados de defesa. Essa fase deve terminar nesta quarta-feira, dia 15. Depois, será iniciada a fase de votação. O ministro-relator, Joaquim Barbosa, será o primeiro a dar o voto.
O ex-deputado Bispo Rodrigues foi acusado pelo Ministério Público de receber R$ 150 mil do valerioduto para votar a favor do governo no Congresso. Ao Supremo, ele negou a venda de votos e justificou a quantia como empréstimo para saldar dívidas de campanha em 2002. Renunciou ao mandato em 2005 para evitar a cassação.
Emerson Palmieri era primeiro-secretário do PTB e, segundo a denúncia, tesoureiro informal do partido. Teria ajudado a intermediar a propina em favor do PTB. A Procuradoria afirmou que ele participou das reuniões em que o PT prometeu repassar R$ 20 milhões do valerioduto para o PTB.
Romeu Queiroz, segundo a Procuradoria, recebeu R$ 102 mil para o seu nome na campanha de 2004. Atribuiu ao ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto a responsabilidade pelo repasse de cerca de R$ 350 mil do PT para o PTB. Admitiu o recebimento dos R$ 102 mil de um cliente das agências de Valério, mas afirmou que o dinheiro foi utilizado para campanhas municipais de interesse do PTB. Negou ter participado de esquema de compra de votos.
O atual prefeito de Jandaia do Sul (PR), José Borba foi acusado pela Procuradoria de receber R$ 200 mil para votar a favor do governo no Congresso. Destacou que não há comprovação de que recebeu recursos do grupo de Marcos Valério e disse que votava a favor do governo do PT por convicção.
Informações de G1
FOTO: Carlos Humberto / STF