Por: Marco Defferrari – Diretor Comercial da Defferrari Internet
“Não estamos preparados para situações com esta grandiosidade de envolvimento, custo e consequências. Somos uma nação que “deixa acontecer” para daí ver como resolver.”
A visão das cidades do futuro é frequentemente moldada por avanços tecnológicos, mudanças nas dinâmicas sociais e desafios ambientais. Constantemente vemos assuntos como Mobilidade Urbana, Smart Cities, Inclusão Digital e Sustentabilidade Ambiental como temas desta pauta.
Entretanto, alguns pontos são poucos oxigenados e nos levam a refletir a médio prazo sobre o que queremos e buscamos junto a nossas comunidades:
Governança participativa: a tecnologia nos trouxe o imediatismo. Nada pode demorar mais que um segundo. Temos toda a informação na palma da mão. Carregamos no bolso, em um aparelho que não pesa mais de 200 gramas, a situação da nossa conta bancária, as notas do boletim de nosso filho e até a temperatura da sala da casa de campo. Tudo em tempo real. Por outro lado, não temos ferramentas para discu-tir, escolher e talvez precisar votar em decisões pontuais e importantes do local onde vivemos. Talvez falte transparência, talvez falte “protagonismo”, mas o fato é que não olhamos com atenção significativa para discussões e decisões políticas.
Resiliência a Desastres: assunto pouco abordado por nós nos últimos 50 anos, voltou à pauta com força e muita importância. Os eventos que tivemos nos últimos cinco anos não atingiram apenas as famílias com menos condições, mas todos de uma escala mais abrangente. As cheias dos rios estão acontecendo de forma tão grandiosa que não são apenas as populações do entorno que estão sendo atingidas. Os deslocamentos de terra,
por outro lado, em regiões mais “nobres” também é uma realidade. Não estamos preparados para situações com esta grandiosidade de envolvimento, custo e consequências. Somos uma nação que “deixa acontecer” para daí ver como resolver.
Atualização digital: o ciclo de vida das ferramentas digitais é cada vez menor. Todo dia “nascem” soluções novas, com recursos novos, substituindo soluções de mercado de forma muito rápida. Com isto, gerações que se acostumaram com soluções “descontinuadas” precisarão se atualizar para tecnologias emergentes e inovadoras. Este ciclo de conhecimento precisa ser considerado tanto no âmbito escolar quanto na maioridade, uma vez que será exigido constantemente durante o cotidiano. Com uma sociedade cada vez mais dependente da tecnologia, a disseminação do conhecimento e da usabilidade se torna essencial para convivermos em uma sociedade mais igualitária e responsável.
