Depois que a empresa contratada tentou empurrar goela abaixo estudos para o novo Plano Diretor de Novo Hamburgo, a sociedade se mobilizou. O Sindicato da Construção Civil, a Associação de Arquitetos e Engenheiros e o Conselho de Corretores de Imóveis entraram mais à fundo nos estudos. E a Câmara criou uma Comissão Especial para debater o tema.
Bueno, na noite de terça-feira, 6, ocorreu a primeira audiência, reunindo engenheiros, arquitetos e corretores. Ideia desses encontros é repassar o estudo e tirar sugestões para o texto final, mas eis que, dos 14 vereadores da cidade, apenas um compareceu: o presidente da comissão, Gustavo Finck (PP). Por conta disso, não faltaram críticas aos parlamentares hamburguenses.
Uma arquiteta em sua fala, chegou a dizer: “Quem vai votar no projeto, que deveria estar por dentro do assunto, saber das nossas demandas, não estão aqui!”
Mas essa é uma realidade que se repete no Município. Temos vereadores de sessão, ou seja, que comparecem na Câmara apenas nos dias de votações. Sessões solenes, audiências públicas e outros eventos acabam sendo acompanhados apenas por aquele (ou aqueles) que têm envolvimento direto.
É um descaso com o cidadão, com o eleitor? Claro que é! Mas não podemos esquecer disso no dia 6 de outubro do ano que vem.
Pera aí, São Léo!
Proposta em São Leopoldo vai na contramão do bom senso. Quanto tanto de fala em dificuldades financeiras, em insegurança econômica, em incertezas comerciais, tem quem defenda o aumento do número de vereadores dos atuais 13 para 21. Oito parlamentares a mais, uma quantidade proporcional de assessores, reformas no Legislativo para receber novos gabinetes, telefones celulares funcionais… Este gasto vai longe. Sugestão aos contrários: apresentar estudo de quanto isso pode custar aos cofres públicos, digo bolso do cidadão, que é quem paga a conta. A proposta chegou, mas depende de um número mínimo de assinaturas para seguir. Que os parlamentares tenham juízo.
A vez do prefeito agir
Por falar nisso, prefeito Vanazzi, faça a sua parte e freie esta ideia. Sabemos da independência dos poderes, mas a Câmara nem é tão independente assim, pois mantém sua estrutura com o orçamento transferido pela Prefeitura. Oito vereadores a mais e todo o aparato ao entorno deles pode significar falta de recursos para pavimentar ruas, construir escolas, postos de saúde…
Reverência aos…
Engenheiros, arquitetos e corretores de imóveis, que mergulharam de cabeça nos estudos do Plano Diretor de Novo Hamburgo e estão apresentando sugestões para que o mercado da construção civil não desapareça com o que foi apresentado.