Montadora anunciou 400 demissões, o equivalente a 12% do seu quadro de pessoal da fábrica de Sumaré, através de telegramas.
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O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região entrou na quinta-feira, dia 19, com denúncia de assédio moral coletivo contra a Honda do Brasil no Ministério Público.
Paralelamente, entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho – TRT. O sindicato reclama que a montadora demitiu funcionários por telegrama, em meio a um processo de negociação e após uma greve iniciada dia 12.
Na quarta-feira, 18, a Honda anunciou 400 demissões, o equivalente a 12% do seu quadro de pessoal, formado por 3,4 mil pessoas na fábrica de Sumaré, em São Paulo. A empresa avisou ainda que 800 funcionários ficarão ociosos e que estuda como evitar novos cortes.
Com dificuldade em importar componentes do Japão após o terremoto de 11 de março, a empresa vai reduzir a produção diária de 600 para 300 automóveis a partir de junho. Antes disso, os funcionários entrarão em licença remunerada a partir de segunda-feira. A fábrica produz os modelos Civic, City e Fit.
O diretor do sindicato, Eliezer Mariano, questiona a forma como as demissões foram feitas, “de forma arbitrária”. Ele também aguarda um rápido posicionamento do Ministério Público, por se tratar de um “conflito já instalado”.
Em nota, a Honda disse que recorreu aos telegramas “por absoluta impossibilidade de encontrar os trabalhadores da linha de produção que estavam ausentes da planta em função da paralisação dos turnos proposta pelo sindicato”. Informou ainda que os demitidos começaram a receber na quinta-feira, dia 20, cartas explicando as dificuldades na produção e lembrou que não demitia desde 1992. A empresa não reconhece a greve e afirma que ocorreram paralisações por turno.
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