O Simers esteve durante a última quarta-feira, 04, visitando o Hospital. Após apurar os fatos, o sindicato encaminhou as denúncias para o Ministério Público e Cremers.
Apenas uma médica pediatra para atender pacientes internados, a emergência e a sala de parto no único hospital de São Leopoldo. O grave cenário junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi conferido de perto pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que esteve no Hospital Centenário, no final da tarde de ontem, 0.
A diretora do Simers, Anice Metzdorf, acompanhada das assessorias Política, Jurídica e de Comunicação, conversou com a pediatra, que estava visivelmente exausta, atendendo em quatro áreas diferentes do hospital. A médica iniciou o plantão de 24 horas no início da noite anterior e, além de ter que se deslocar por andares diferentes do prédio para dar conta da demanda, estava como preceptora de uma residente de Medicina de Família e Comunidade. E o detalhe: sem ser informada, com antecedência, de mais essa função. De acordo com Anice, é inaceitável esse descaso com a profissional e com os pacientes. “Essa sobrecarga de trabalho é desumana, sem falar no comprometimento em oferecer uma assistência de qualidade a essas crianças. Já informamos o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina (Cremers) sobre a situação e estamos cobrando da gestão do Centenário as devidas providências“, alerta a diretora do Simers.
A Fundação Hospital Centenário afirmou, em nota, que não faltavam plantonistas no setor. Além disso, disse que contabilizou o número de profissionais trabalhando na ala. O Centenário também disse que mantém todas as suas frentes de atendimento, com profissionais médicos, e que vem fazendo esforço para manter as escalas, mesmo diante das dificuldades que a área médica tem enfrentado na saúde nacional.
Jornalista em formação, apaixonado por automobilismo, futebol, NFL e a Terra-Média. “Não perca a esperança. O amanhã é desconhecido. O conselho vem muitas vezes com o nascer do sol”, Legolas