Corte de 85 mil benefícios em todo o Brasil pelo governo federal não atinge Novo Hamburgo
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome anunciou nesta segunda-feira o corte ou a suspensão de 85 mil benefícios pagos pelo programa Bolsa Família. O bloqueio se deve ao não cumprimento de exigências do programa nas áreas de saúde e educação. Em Novo Hamburgo, não há cortes.
O município tem atualmente um total de 7.084 famílias beneficiadas pela proposta, implantada pelo governo federal (o que corresponde a aproximadamente 2,8% do total da população hamburguense). As famílias começaram a receber o benefício de setembro a partir desta segunda-feira.
Segundo a assessora da coordenação da Bolsa Família em Novo Hamburgo, Elza Passos, o fato de não haver suspensão ou corte de benefícios no município se deve ao trabalho permanente de recadastramento e acompanhamento feito pela equipe local.
Sob a coordenação de Margareth Bobsin, a equipe administra um cadastro de 11.998 famílias. Porém, essa margem de espera pelo benefício já existe há mais tempo. “E este número poderá aumentar ainda mais se a faixa etária dos estudantes que hoje é dos 7 aos 15 anos, for aumentada para até os 16 anos, como já prevê estudo”, argumenta a Elza.
Uma bolsa família pode variar entre R$ 18 e 112 reais, por família. Conforme Elza, tem direito a se cadastrar para receber o benefício a mãe que receber até R$ 120 reais por mês. “Nesse caso, ela irá receber até R$ 18,00 por criança, no máximo para três filhos”.
Além dessa possibilidade, ainda há o caso da cidadã que recebe até 60 reais mensais e adquire o direito de receber uma bolsa de R$ 58,00 acrescida de R$ 18,00 por criança, também no máximo de 3.
A assessora conta que, apesar do governo federal estar anunciando o corte do benefício para 85 mil famílias brasileiras, Novo Hamburgo tem conseguido manter um cadastro atualizado e que está atendendo a contento os requisitos dos ministérios da Educação e da Saúde.
Ela explica que as crianças têm levado a sério a contrapartida que cabe a cada uma delas: a freqüência escolar deve ser superior a 85%, em sala de aula. Esse acompanhamento está mais rígido, argumenta Elza, e vem sendo feito mensalmente pelo MEC.
Além disso, o Ministério da Saúde exige que as crianças de 0 a 6 anos sejam levadas para pesagem pelo menos a cada meio ano. O Bolsa-Família ainda estabelece outros compromissos, como manter atualizado o calendário de vacinação das crianças com até 7 anos de idade.