Familiares de vítimas da tragédia em Congonhas estão há uma semana na espera da identificação dos corpos
Nesta terça-feira, completa-se uma semana da tragédia com o vôo 3054 da TAM, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Nestes sete dias, foi grande o trabalho dos bombeiros para encontrar corpos, enquanto médicos legistas trabalham com familiares das vítimas na tentativa de identificação.
Na manhã desta terça-feira, mais dois corpos foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, elevando para 68 o total de vítimas reconhecidas entre os mortos no acidente com o avião da TAM, em Congonhas. A tragédia vitimou, pelo menos, 199 pessoas.
Entre as vítimas ainda não-identificadas, estão ex-moradores de Novo Hamburgo e região, como a comissária de bordo Fabíola Ko Freitag, a ex-estudante do Colégio Santa Catarina, Rebeca Haddad, e a também hamburguense Sueli Fleck. Na sexta-feira passada, dia 20, a cidade sepultou e se despediu do deputado Júlio Redecker.
Segundo informações da Agência Brasil, o perito médico legista da Polícia Civil do Distrito Federal, Matheus Fonseca Galvão, declarou que algumas vítimas podem não ser identificadas. Isto porque, dependendo do tempo em que o corpo ficou exposto a altas temperaturas, é possível que haja degeneração completa do DNA.
O Corpo de Bombeiros está tendo a ajuda dos cães farejadores Dara, Dora e Anne na busca de vítimas. O porta-voz da corporação, capitão Mauro Lopes, explicou que elas são treinadas para resgate de vítima com vida ou em caso de corpos em decomposição, mas não em situações como os corpos foram encontrados no local do acidente, carbonizados. “Nós não sabíamos se elas entenderiam, mas elas reconheceram e encontraram fragmentos”, disse.
O soldado Renato Pereira de Souza Saoud, que ajuda nas buscas, informou que a Dora, de três anos, e Anne, de oito, são treinadas para latir ao localizar um corpo. Já Dara, também de oito, costuma deitar-se sobre o local. Os cães foram importantes também nos locais onde os bombeiros tiveram que rastejar, devido as dificuldades de acesso e pouco espaço.