O atendimento aos pacientes oncológicos dos municípios de Novo Hamburgo, Ivoti, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos, que eram referenciados pelo Hospital Regina, em Novo Hamburgo, foi encerrado após decisão da própria instituição. Nesta terça-feira (12), o DuduNews esteve na secretaria Estadual da Saúde, ao lado do vereador Gustavo Finck e do deputado Issur Koch.
Em reunião, a secretária Arita Bergmann esclareceu que o atendimento aos pacientes de câncer no Regina será desabilitado até o fim de maio a pedido da própria instituição. “Lamentamos quando fecha um serviço, mas encontramos um parceiro, o Hospital Bom Jesus, em Taquara, para dar continuidade à assistência de todos”, explicou a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes. Os novos pacientes que estão iniciando o tratamento já estão sendo atendidos em Taquara.
TRAJETÓRIA
Foi no dia 4 de janeiro deste ano que o Regina afirmou que não iria mais receber pacientes SUS. “Foi uma surpresa. A decisão é do hospital”, afirmou a secretária. O Regina se manifestou, em nota, afirmando que “a busca pela repactuação dos valores da oncologia não é recente. A Instituição tem dialogado com o Ministério da Saúde, Estado e Municípios há mais de seis anos, apresentando os dados e a crescente preocupação com o aumento da demanda. Começamos a buscar alternativas com Porto Alegre, com o Grupo Hospital Conceição e com o Hospital de Clínicas”, disse Arita., reforçando que o município de Taquara foi parceira no processo. O tratamento, na cidade, começa em 22 de maio.
GARANTIA
“Conhecemos, e recebemos um ofício confirmando que eles tem capacidade de atendimento”, afirma Arita. Só em Novo Hamburgo, são 943 pacientes – mas o estado estima que esse número passe de 1.000 ao longo do ano.
LIGA
A presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Regina Dau, se manifestou sobre a decisão: “Triste para todos pacientes SUS oncológicos, em tratamento, ou a espera dele, que terão que se tratar fora da sua cidade. Nós que representamos uma entidade que apoia e tenta amenizar esta dor e ajuda especificamente este paciente, estamos tristes como toda comunidade , pelo retrocesso da saúde pública em NH”, disse ela. “Não temos em nossa cidade hospitais para atender esta população já tão fragilizada, de baixa renda e doente”, completa.