Encontro no Teatro Municipal esclareceu etapas do Minha Casa Minha Vida – Reconstrução para 183 famílias contemplada
A Caixa Econômica Federal, com apoio da Prefeitura de São Leopoldo, realizou nesta quinta-feira (4) a primeira reunião com os beneficiários do programa Compra Assistida. O encontro ocorreu no Teatro Municipal e teve como objetivo orientar as 183 famílias que já foram contempladas.
O superintendente de Habitação da Caixa, Ricardo Darós, apresentou os detalhes do Minha Casa Minha Vida – Reconstrução, modalidade em que o programa está inserido. Ele explicou que os beneficiários têm 60 dias para localizar o imóvel desejado e apresentá-lo ao banco. “É necessário que o vendedor cadastre a propriedade em nosso site e que cumpra os requisitos: valor de até R$ 200 mil e localização em área do estado não impactada pelas enchentes”, detalhou.
Isenção de custos e apoio jurídico
Segundo Darós, os contemplados não terão despesas com cartório ou documentação, já que todos os custos serão pagos pela Caixa. “A pessoa não pode ter nenhum custo durante o processo. Não é permitido complementar com recursos próprios a oferta de uma casa acima de R$ 200 mil, e o imóvel escolhido precisa ser isento de ITBI”, reforçou.
Em São Leopoldo, desde março, a Lei Municipal Nº 10.250 garante a isenção do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) para todas as unidades do programa.
O secretário de Habitação, Rodrigo Bach, destacou que o encontro foi essencial para esclarecer dúvidas frequentes, como devolução de terrenos, critérios de compra e credenciamento de imóveis. “Teremos nova reunião em breve, com divulgação da lista de mais beneficiários”, informou.
Avaliação técnica dos imóveis
As propriedades cadastradas no site da Caixa passam por análise documental e vistoria de engenheiros. Somente após a aprovação, o banco formaliza a transferência de propriedade com os vendedores.
No estado, já são 12 mil beneficiários do Compra Assistida. Destes, 80% já indicaram um imóvel e 5,7 mil contratos foram assinados. “Quem quiser utilizar o benefício vai conseguir comprar sua casa. O desafio é encontrar um local dentro das características desejadas, mas os números mostram que é possível”, avaliou Darós.
Uma conquista marcada pela emoção
Entre os contemplados está Vilma Terezinha da Silva, 67 anos, moradora do bairro Rio dos Sinos. Após perder a casa nas enchentes, viveu em abrigo e hoje mora provisoriamente na casa do sogro. Em julho, ela perdeu o marido, vítima de um infarto.
“Perdemos tudo. Quando recebi a notícia, fiquei super feliz, mas a vontade era contar para ele, dividir essa felicidade com ele. Mesmo assim, sou grata porque vejo o cuidado de Deus comigo”, relatou emocionada.
Reconstrução após a calamidade
O Minha Casa Minha Vida – Reconstrução foi criado para acelerar a realocação de famílias que perderam suas residências em razão da calamidade de 2023 no Rio Grande do Sul. O programa possibilita a compra de imóveis novos ou usados já prontos, garantindo moradia digna às famílias atingidas.
LEIA TAMBÉM: