As aulas são planejadas e executadas pelo curso de Letras da Unisinos.
A parceria da Prefeitura de São Leopoldo com Unisinos e Senac para atender migrantes está dando frutos. O projeto de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) chega à sua quarta edição e está atendendo migrantes de diferentes nacionalidades. Com uma carga horária de 44 horas totais,a turma está composta por dez alunos, na sua maioria haitianos sendo um dominicano. As aulas são voltadas às práticas sociais, dando ênfase ao uso do português que se faz necessário aos migrantes para participarem de situações cotidianas. As professoras são Ariadyne Domingues de Oliveira Molina e Clara Dick.
A secretária de Direitos Humanos, Nadir Maria de Jesus, e a chefe do Departamento Técnico Social da SEDHU, Gicela Timponi, deram as boas-vindas à turma no dia 10 de setembro. A chefe de Gabinete da SEDHU, Basilia Cantanhede, também acompanhou a atividade.
A professora do Curso de Letras da Unisinos, Graziela Andrighetti, falou com os participantes sobre o curso. De acordo Andrighetti, o PLAc atende aos requisitos para o processo de nacionalização dos migrantes.
As representantes da SEDHU conversaram sobre a secretaria, como atuam junto aos migrantes e disponibilizaram os serviços. “Este projeto é um facilitador para a inclusão, seja em entrevistas de trabalho, na busca de qualificação através de cursos e auxilia ainda aos que estão na escola regular. Esta ação é desenvolvida com uma articulação em rede pela Secretaria e os parceiros para a garantia de direitos”, ressaltou Gicela Timponi. A SEDHU orienta sobre os direitos e deveres dos migrantes no Brasil e auxilia para que possam se regularizar na Polícia Federal.
Nadir Jesus destacou a importância do projeto para a SEDHU. “Um dos nossos objetivos é respeitar e defender os direitos humanos, seja das pessoas que têm sua naturalidade no município, como dos imigrantes que escolheram nossa cidade como fonte de uma vida melhor”, afirmou. Para a secretária, o projeto vai ajudar os migrantes de outros países a superar as dificuldades com a língua, o que vai dar acesso ao mercado de trabalho, acesso às políticas públicas e acolhimento na rede municipal.
Sobre o projeto
A iniciativa é desenvolvida pela Prefeitura de São Leopoldo, por intermédio da Secretaria de Direitos Humanos (SEDHU), com a parceira do Senac – São Leopoldo, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), por meio do programa Tarin (Programa de Atenção Humanitária a Migrantes e Refugiados) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi). As aulas são planejadas e executadas pelo curso de Letras da Unisinos. O acompanhamento das atividades é realizado pela SEDHU, através da Setorial de Migrantes e do Departamento de Igualdade Racial, chefiado por Adriângela Cabral. Também são parceiros a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Padaria Comunitária Sonhos e Sabores da Ocupação Steigleder, que prepara os lanches oferecidos aos alunos.
A construção do projeto teve início em 2019 com aproximações entre o Departamento de Igualdade Racial da SEDHU, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) e o curso de Letras da Unisinos. Devido à pandemia e às tratativas, a primeira edição começou em 2021.
O módulo está com inscrições abertas
Neste semestre, as aulas seguem até o dia 16 de dezembro. Ao final do curso, é fornecido certificação de realização para alunos que obtiveram frequência e entrega das atividades pedagógicas e avaliativas do curso. A certificação atende também a demandas trazidas por muitos migrantes com relação à comprovação de curso de Língua Portuguesa para fins de processo de naturalizarem-se brasileiros.
Período de aulas: 18/09 a 16/12/2022
Carga horária total do curso: 42 horas totais (36 horas presenciais + 6 horas assíncronas)
Total de encontros: 18 aulas presenciais + 6 horas assíncronas
Duração das aulas: 2h (19h às 21h)
Local das aulas: SENAC SL (Rua Lindolfo Collor, 835 – Centro, São Leopoldo)
Mais informações podem ser solicitadas pelo telefone 2200 0265 ou 2200 0266
Foto: Divulgação/PMSL