Conselho de Segurança da ONU aprova novo pacote de sanções ao Irã, com 12 dos 15 votos: apenas o Brasil e a Turquia foram contrários, e o Líbano se absteve.
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta quinta-feira, dia 10 de junho, que as sanções impostas ao Irã podem criar “uma janela de oportunidades” para o Brasil no âmbito das exportações.
Após participar do programa “Bom Dia, Ministro”, nos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, ele lembrou que as sanções definidas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas – ONU tratam, basicamente, da área de armamento. “Nós não exportamos armas para o Irã nem tínhamos a pretensão de exportar”, disse.
Para Miguel Jorge, as sanções devem provocar a retração de diversos países em relação ao Irã, evitando também o comércio que vai além do de armamento. “Evidentemente que a pressão não se dará só no comércio de armas. Ela vai ser indireta a países que vendem outros produtos ao Irã”, explicou.
Relação Brasil – Irã
O ministro destacou que, nos cinco primeiros meses deste ano, o Irã tornou-se o segundo maior comprador de carne brasileira e que as exportações de alimentos brasileiros para o país podem apresentar melhora diante da retração indireta de outros países.
“Deve haver uma retração natural da maioria dos exportadores que estabeleceram sanções. Isso poderá dar oportunidade para o Brasil”, afirmou Miguel Jorge. “Não é possível que alguém possa criar qualquer obstáculo para que um país venda alimentos a outro país”, completou.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na manhã de quarta-feira, dia 09, um novo pacote de sanções ao Irã. Dos 15 países que compõem o órgão, 12 votaram favoravelmente.
Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários e o Líbano se absteve. Para a maioria dos integrantes do conselho, o programa nuclear iraniano é uma ameaça por esconder a produção de armas atômicas e não seguir as orientações da Agência Internacional de Energia Atômica – Aiea.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / Agência Brasil