O conflito com as pragas dentro das residências é a causa do incômodo de muitos moradores durante todo o ano. Mas é no verão que a incidência aumenta e invadem casas e estabelecimentos e podem trazer riscos à saúde.
Nessa época, nossos lares ficam suscetíveis a estes animais por concederem elementos básicos, como acesso, abrigo, alimento e água. O calor do verão combinado com a umidade, torna do ambiente um local favorável à reprodução de insetos, como mosquitos, moscas e pulgas, além de atrair pernilongos, aranhas, baratas e outras pragas indesejadas.
A licenciadora e bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Sarah Peixe, afirma que a presença de algumas pragas faz com que outras, que são predadores naturais, também apareçam nas residências, ocasionando maiores problemas. “Se há o aumento de baratas, por exemplo, consequentemente irá ter maior ocorrência de escorpiões e aranhas, que são seus predadores naturais”, explica.
Riscos para a saúde e bem-estar
A presença de animais peçonhentos e pragas nos ambientes podem gerar uma série de complicações. Conforme Sarah, as baratas apresentam um risco significativo para a segurança de alimentos devido à sua capacidade de se propagar e espalhar doenças, como Salmonelose, infecções por staphylococcus, Escherichia coli (E. coli), Febre tifoide, Gastroenterites. Já as aranhas e escorpiões têm encontros acidentais com humanos, muitas vezes culminando em picadas venenosas que podem necessitar de atendimento médico.
No caso das formigas, a bióloga alerta que percorrem diversos locais, como feridas de animais e lixos. Por conta disso, podem carregar sujeiras, fungos, bactérias e parasitas de verminoses, causando intoxicações alimentares, vômito e diarréia. Outro exemplo são as moscas domésticas (Musca domestica) e varejeira (Chrysomya megacephala), que carregam, cada uma, mais de 300 tipos de bactérias. Muitas dessas bactérias são causadoras de doenças que afetam os seres humanos, incluindo infecções no estômago, intoxicações e até pneumonia. “Os microorganismos se concentram nas pernas e nas asas dos insetos e se espalham pelo ambiente, por exemplo, cada vez que a mosca pousa sobre a comida”, exemplifica.
Como se prevenir
Algumas ações são eficazes na prevenção de animais peçonhentos. Confira as orientações da Secretaria de Meio Ambiente.
– Manter a limpeza dos ambientes (internos e externos de residências e terrenos);
– Evitar deixar restos de comida expostos pois atraem estes animais;
– Aos alérgicos, fechar as janelas com telas finas, utilizar repelentes na pele e em aparelhos que afastem estes animais; – Não acumular entulhos ou materiais de construção;
– Vedar qualquer tipo de vão, fresta ou rachadura nas paredes (para evitar aranhas);
– Vedar ralos e buracos também é uma boa medida preventiva (contra escorpiões);
– Evitar que folhagens densas como trepadeiras, arbustos ou plantas ornamentais encostem em paredes e muros da residência com acesso a portas e janelas;
– Realizar imunização de casas e ambientes onde há maior circulação de público ou proximidade com áreas muito arborizadas.