“Então é Natal, e Ano-Novo também…” com diz a música, que todos conhecem e cantam, gostem ou não, nos últimos dias de cada ano. Mas, será que este período se resume a essa música, a presentes, ao ritmo louco de pré-férias, a perus e fogos de artifício? Será que apenas esses momentos, resumem o final de dezembro de cada ano?
Não podemos resumir esse período a esses simplórios sentimentos, afinal, podemos, sim, ressignificar a nossa fé, as nossas esperanças, os nossos sonhos. Sim, sabemos que o primeiro de janeiro é, em tese, igual ao 31 de dezembro: o mesmo dia, as mesmas 24 horas, o mesmo amanhecer e o mesmo pôr do sol. Mas o ser humano vive de simbologias, de recomeços, reunir forças para ter novas esperanças e o calendário passou, com o tempo, a ter essa missão.
É tempo, naturalmente, de olhar para trás e observar o que atingimos de nossas metas, de nossos objetivos, sempre encontrando forças para novos desafios. Nos permitimos, e mais do que isso, necessitamos, recomeçar a corrida, ao menos do ponto de vista emocional, acreditando novamente. Pode parecer bobagem, talvez para muitos seja mesmo, mas zera o relógio e começa a corrida de novo, dá uma sensação de justiça reconectada, como se todos saíssem do zero novamente. Não é assim, sabemos, mas a sensação já é o suficiente.
O ideal, pode ser, avaliar as próprias metas, pensando no que não foi atingido e se não havia uma expectativa exagerada para os 365 dias vividos, cabendo então reposicionar os sonhos, para evitar frustrações desmedidas. Se não houve exagero, numa leitura honesta consigo mesmo, a pergunta passa a ser, porque você não chegou onde planejava e qual sua responsabilidade, nesse insucesso. Avaliações críticas, preferencialmente feitas consigo mesmo, longe de holofotes de redes sociais.
Porém, quando falamos desse período, falamos disso… metas, objetivos, sonhos alcançados. Mas e o Natal? Natal é mais que isso, não?
Natal é solidariedade, é fé, é amor, é pensar no próximo. A religiosidade serve como pano de fundo para que esses bons sentimentos venham à tona nesta época, assim como as emoções do 31 de dezembro. Acreditar na fé que nos impulsiona todos os dias é o maior desafio, em especial o mistério da vida.
Já paraste para pensar no milagre do nascimento? Em quão perfeito é o nosso corpo, quantas vezes respiramos por minuto, em como abrimos e fechamos os olhos? Pensar no alimento que ingerimos, o seu fluxo em nosso organismo, o ouvir, o pensar? Como não estarmos maravilhados, todo o dia, com o milagre da vida? Nascemos, crescemos, envelhecemos, morremos e o ciclo da vida se restabelece. Como isso acontece?
Nada mais adequado do que uma data para agradecermos por tudo isso, ao Deus que oramos, a força divina que nos conduz, ao esplendor da vida. O Natal permite tudo isso e seríamos muito simplórios se pensássemos apenas nos presentes. Crianças, talvez sim, por tudo que o consumismo já incutiu em suas jovens mentes e a ignorância natural da pouca idade de vida.
Porém, jovens, adultos e idosos têm outras responsabilidades, outras vivências e por isso, cabe a eles desde ensinarem as crianças, quanto terem essa gratidão presente. Como não refletir ao parar e pensar que adormecemos e acordamos todos os dias, como se máquinas fôssemos? Refletir e agradecer. Sempre.
Isso é Natal ! O momento de agradecermos a vida, reforçando nossa fé, nossa caminhada, não somente enquanto João, Maria, Pedro ou José, mas enquanto humanos, em um Planeta chamado Terra. O mistério da vida.
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