Licenciado até 29 de dezembro, o presidente do Senado diz que não há sentido em discutir sua sucessão
Há quase seis meses, o nome do senador Renan Calheiros (PMDB) está envolvido em uma série de denúncias. Porém, nada parece tirar a pose do presidente licenciado do Senado Federal. Nesta quarta-feira, ele renovou o pedido de licença até 29 de dezembro para, segundo ele, evitar boatos em torno de sua renúncia.
Durante a semana, foi ventilada a possibilidade de Calheiros abandonar definitivamente a função, enquanto se defende das acusações em torno do processo que pede a sua cassação. “Não tem sentido discutir sucessão à presidência do Senado”, disse hoje o senador. “Enquanto não houver vacância do cargo, essa discussão não tem sentido”, completou.
Em razão as férias parlamentares, Calheiros só volta a ocupar a Presidência do Senado, se escapar de mais uma ameaça de cassação, em 2 de fevereiro, no início das atividades parlamentares em 2008. O senador alagoano ainda afirmou ter renovado a licença para evitar que se desse espaço para boatos sobre sua renúncia.
O Caso Calheiros vem cansando o Brasil. Há meses, o nome do senador só aparece envolvido em escândalos. Depois de sua cassação ser reprovada pelos senadores, em setembro, alunos da Feevale realizaram um sepultamento simbólico da instituição federal. Na época, a avaliação feita ao novohamburgo.org pelo doutor em Direto e Professor de Direito Penal da PUCRS, Alexandre Wunderlich, foi a de que o Senado saiu desmoralizado.