Programa Estação Hamburgo reuniu Elir Wingert, Caroline Hoffmeister e Elizabeth Renz para debater os avanços da Redvis, rede de óticas, que cresce com base na colaboração e no associativismo.
A noite de 12 de setembro de 2025 foi marcada por um debate especial no programa Estação Hamburgo, transmitido pela Vale TV. A edição, conduzida por Rodrigo Steffen, destacou os 10 anos da Redvis, iniciativa que reúne óticas e joalherias de diferentes cidades do Vale do Sinos e de outras regiões do Estado. O encontro contou com a participação do empresário Eloir Wingert, atual presidente da Redvis, da consultora Caroline Hoffmeister e da jornalista e assessora Elizabeth Renz.
Transmitido ao vivo pelos canais de TV a cabo, site e redes sociais, o programa mobilizou empreendedores, lideranças comunitárias e consumidores, reforçando a importância do cooperativismo como alternativa sólida diante da competitividade do mercado.
Eloir Wingert: liderança empresarial e visão de futuro
Presidente da Redvis e proprietário da ótica e joalheria Redvis São Miguel, em Dois Irmãos, Eloir Wingert relatou os ganhos obtidos pelo grupo ao longo da década. Ele explicou que, em média, as compras coletivas garantem até 30% de economia em relação ao mercado tradicional, o que fortalece a competitividade das lojas e possibilita benefícios aos clientes.
Eloir destacou ainda o aprendizado coletivo e a troca de experiências como pontos mais valiosos do projeto. “Os descontos chamam atenção no início, mas o verdadeiro ganho está no conhecimento compartilhado. Muitos gestores amadureceram, profissionalizaram suas equipes e conseguiram crescer graças à convivência em rede”, declarou.
Ele também anunciou novidades: além da consolidação da marca própria de armações Lucce, a Redvis lançará em breve sua própria linha de lentes, com fornecedores gaúchos. “Queremos manter a produção no Rio Grande do Sul, fortalecendo nossa economia e garantindo qualidade para os clientes”, completou.
Caroline Hoffmeister: trajetória ligada ao nascimento da rede
Consultora com larga experiência em redes de cooperação, Caroline Hoffmeister acompanhou de perto o surgimento da Redvis. Ela relembrou os primeiros passos do projeto, quando foi necessário bater de porta em porta para explicar aos lojistas a proposta de unir forças em um mercado cada vez mais competitivo.
Segundo Caroline, a maior dificuldade inicial foi quebrar a desconfiança dos comerciantes, que não estavam acostumados a compartilhar informações estratégicas com possíveis concorrentes. “A rede nasceu para transformar rivais em parceiros e criar um ambiente em que todos pudessem crescer juntos. Hoje, dez anos depois, vemos que essa ideia se consolidou e trouxe resultados expressivos para cada associado”, afirmou.
Caroline também destacou a importância de avaliar o perfil dos gestores interessados em integrar a rede. Mais do que capacidade financeira, é fundamental que cada empresário esteja disposto a cooperar, compartilhar experiências e aprender em conjunto.
Elizabeth Renz: comunicação e fortalecimento institucional
Jornalista reconhecida na região, Elizabeth Renz foi responsável por ajudar a divulgar a Redvis em seus 10 anos, como já fez em outras oportunidades na história da rede. No programa, ela ressaltou como a comunicação tem papel central na consolidação da imagem da rede, tanto junto ao público consumidor quanto entre os próprios associados.
Elizabeth recordou o envolvimento em fóruns de inovação e encontros de gestores, ressaltando que a Redvis se tornou exemplo para outras iniciativas de cooperativismo no Rio Grande do Sul. Ela também enfatizou o impacto econômico gerado pelas compras coletivas e pela criação de identidade visual comum entre as lojas, fatores que reforçam a marca no mercado.
“A Redvis mostra que é possível crescer sem perder a essência local. Cada loja mantém sua identidade, mas ao mesmo tempo participa de algo maior, que transmite confiança e profissionalismo ao cliente”, afirmou.
Resultados e expansão
De acordo com números apresentados no programa, em 2024 a Redvis movimentou R$ 4,6 milhões em compras coletivas, superando o desempenho do ano anterior. Atualmente, o grupo conta com 65 colaboradores diretos, além de empregos indiretos em laboratórios, oficinas de joalheria e fornecedores parceiros.
Com presença em cidades como Novo Hamburgo, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Sapiranga, São Leopoldo, Canoas, Gravataí, Santa Maria, Caxias do Sul, Flores da Cunha e Guaporé, a rede projeta expansão para novos municípios, sempre com critérios rigorosos para garantir que os associados tenham perfil cooperativo.
Outro destaque foi o processo de padronização arquitetônica e de comunicação visual das lojas, que vem sendo implementado gradualmente. Embora não seja obrigatório, o projeto permite que cada unidade adote elementos que reforçam a identidade da marca coletiva.
Impacto comunitário e valorização regional
Mais do que ganhos financeiros, os participantes do Estação ressaltaram o impacto comunitário da Redvis. Ao profissionalizar a gestão, permitir que empreendedores tirem férias e promovam treinamentos, a rede melhora a qualidade de vida dos gestores e colaboradores.
Eloir destacou ainda a relevância cultural de eventos como o Natal dos Anjos de Dois Irmãos e o Kerb, que movimentam a economia local e beneficiam diretamente os lojistas. A associação de iniciativas comunitárias com a atuação empresarial cria um ciclo positivo, reforçando laços sociais e econômicos no Vale do Sinos e outras regiões.
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Encerrando o programa, os convidados foram unânimes em afirmar que os dez anos da Redvis representam apenas o começo de uma trajetória promissora. O associativismo e o cooperativismo se mostram cada vez mais fundamentais em um cenário de competição acirrada, e a experiência da rede gaúcha serve de inspiração para outros setores.
“A Redvis é a prova de que, unidos, conseguimos ir mais longe. Esse é um caminho sem volta, porque os resultados falam por si”, resumiu Eloir Wingert.
Debate realizado no dia 12 de setembro de 2025 no programa Estação Hamburgo, apresentado por Rodrigo Steffen.