Em texto divulgado em seu site oficial, o vereador Raul Cassel reforça que a paralisação das obras é um descaso total com a saúde da população, ainda, que o HMNH é o único local onde a comunidade pode recorrer para internações pelo SUS
De acordo com o texto publicado no site do vereador Raul Cassel, após receber muitas reivindicações da comunidade em seu gabinete, foi checar pessoalmente as queixas feitas em relação ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo. A visita a casa de saúde ocorreu no último dia 25 e o vereador esteve nos setores especializados, verificando as obras e falando com representantes da administração.
“Hoje, o Hospital Municipal é o único local de Novo Hamburgo que faz internações pelo SUS. Há tempo que está necessitando de ampliações e reformas. Além disso, é referência regional em traumatologia e neo-natal. Infelizmente, é o único local onde nossa comunidade pode recorrer”, lamentou.
Cassel constatou 29 pacientes alojados em macas nos corredores, num dia bastante quente, acompanhados de familiares. “As pessoas queixam-se, com razão, da falta de privacidade. Há muitas pessoas transitando pelos corredores, o que agrava a situação dos enfermos, que têm dificuldade para descansar. Além disso, todos os leitos convencionais estão lotados, inclusive a sala de observação”, salientou.
“Pude constatar um bom atendimento na Unidade Intermediária, porém, com a equipe da Samu, insatisfação dos funcionários quanto às dependências e o depósito de materiais em frente ao estacionamento das ambulâncias, que acumula sucatas e, frequentemente, encontram-se ratos e insetos”, alertou.
Andamento das obras
Cassel aproveitou ainda para conferir o andamento das obras de ampliação do prédio, iniciadas ainda na gestão de Jair Foscarini, que encontram-se 75% acabadas. “As divisórias, móveis, material hidráulico, elevadores e grande parte dos itens necessários para a conclusão já estão lá. A obra está a um passo de ser concluída, mas tudo está parado, sob controle de um vigia”, constatou Raul. Apesar de a administração atual alegar superfaturamento nas obras como motivo da paralisação, o Ministério Público já deu, em junho, parecer negativo, arquivando o processo e liberando o reinício das atividades.
“O que está acontecendo é um descaso total com a saúde da população. Após a decisão do MP, há seis meses, não há mais argumentos e motivos para a paralisação das obras. A comunidade depende desses leitos e isso deve estar acima de qualquer ação política. As pessoas doentes não estão preocupadas em saber quem fez ou deixou de fazer a obra, e sim, querem e merecem atendimento adequado e digno”, desabafou.
“Fica então meu apelo para que o Executivo se esforce e termine o mais rápido possível estas obras. O sistema de saúde pública não pertence a partidos ou pessoas, pertence ao povo. São os impostos destes contribuintes que pagam tais obras, mas parece que esta administração está mais preocupada em colher os louros e descaracterizar a administração anterior do que atender à comunidade”, declarou, em tom de desabafo.
Raul segue “de olho” no andamento das obras e manterá atenção redobrada sobre o assunto saúde: “Nossa comunidade merece mais respeito!”