Manifestantes e candidatos à presidência denunciaram conspiração do atual governo para beneficiar o candidato Jude Celestin.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Conselho Eleitoral do Haiti anunciou que as eleições presidenciais de domingo, dia 28, foram válidas na maioria do país, apesar dos protestos de milhares de haitianos.
As manifestações foram motivadas pelas denúncias de fraudes feitas por vários candidatos que pediram a anulação do processo. “A jornada eleitoral chegou ao fim e com sucesso”, declarou o presidente do Conselho Eleitoral Provisório – CEP, Gaillot Dorsainvil. O CEP informou que a votação foi anulada em 56 locais de um total de 1,5 mil em todo o país.
“Vamos estudar os locais onde aconteceram problemas caso por caso”, afirmou o diretor-geral do CEP, Pierre-Luis Opent. “Dentro de 48 a 72 horas decidiremos o que faremos”, afirmou.
“O CEP estará em condições de produzir um balanço com o retorno de seus funcionários do interior, dentro de três dias, e agradece a população por ter participado do processo democrático”, disse.
Os manifestantes denunciaram uma manipulação do partido do atual presidente René Preval. Ao fim da votação, 12 dos 18 candidatos à presidência, incluindo os favoritos Mirlande Manigat e Michel Martelly, denunciaram em uma declaração conjunta uma “conspiração do governo e do CEP” para beneficiar o candidato governista Jude Celestin.
Martelly foi quem encabeçou a manifestação, ao lado de Wyclef Jean, astro mundial do hip-hop, cuja candidatura não foi aceita pelo CEP. Os manifestantes distribuíam folhetos favoráveis a Martelly e, pelo caminho, rasgavam cartazes de Celestin, que acusam de ser marionete de Préval. Quase cinco milhões de haitianos estavam registrados para votar e renovar o Parlamento.
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