Dezesseis bilhões de litros. O número impressionante representa o montante estimado de águas drenadas pelas bombas anfíbias da Higra, para que fossem retiradas dos bairros de São Leopoldo, cidade matriz da empresa, e voltassem ao rio.
Foi assim que a tecnologia 100% brasileira, que já é realidade nas três Américas, Ásia, Oceania e África, protagonizou soluções para a situação que assolou o Estado, atuando não somente no Vale do Sinos, mas também na capital dos gaúchos e municípios como Canoas e Santa Maria.
Segundo o CEO da Higra, Alexsandro Geremia, foram mais de 20 bombas disponibilizadas. As ações ágeis e eficientes somaram forças, inclusive com a campanha #JogandoJunto, que uniu as cores azul e vermelho da dupla Gre-Nal no roxo, tom que coloriu bombas da Higra em apoio à reconstrução do Estado.
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A prevenção para o amanhã começa agora
O CEO da Higra alerta que o momento pós-enchente requer profundas mudanças. “Temos a convicção de alguns passos fundamentais para um projeto futuro de prevenção a esses desastres naturais”, pontua ele.
A começar, segundo Geremia, pela dragagem dos rios, aumentando sua profundidade e capacidade de escoamento. Cita também o aumento e melhoria dos diques de contenção, a criação de estações de drenagens com tecnologias que possam operar dentro da água, de áreas de alagamento controlado e sistemas de monitoramento e, ainda, a necessidade de infraestruturas adaptativas e resilientes.
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Números que impactam
O impacto das enchentes na indústria calçadista e no PIB do Estado foi projetado pelo doutor em Economia e consultor setorial Marcos Lélis. Eldorado do Sul, Canoas, São Leopoldo e São Sebastião do Caí devem registrar perdas de 36%, 20%, 18% e 16% nos seus PIBs de maio, respectivamente. Especialmente Canoas deve ter um impacto relevante no varejo de calçados. Até agosto, os municípios atingidos devem registrar dificuldades importantes na sua retomada econômica.
Os dados, apresentados em reunião da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), no dia 13, apontaram ainda que, no Estado, a queda do PIB deve ficar em torno de 4% até agosto, frustrando a expectativa de crescimento que havia em função da supersafra agrícola.
SICC fica para 2025
O setor de eventos também precisou de novos nortes. E o SICC – Salão Internacional do Couro e do Calçado foi transferido para 2025, já com data marcada: 13 a 15 de maio do próximo ano, em Gramado. Mas, ainda em 2024, a Merkator promove a Zero Grau, de 18 a 20 de novembro.
Empreendedorismo feminino e sustentável
Oito mulheres que trabalham em frentes como sustentabilidade, empreendedorismo e comunicação, inquietas e munidas do desejo de transformar, criaram o ECOLab, Laboratório de Empreendedorismo Feminino Sustentável, visando uma nova realidade para o empreendedorismo feminino no Vale do Sinos.
A jornada inicia em 28 de junho, com cinco encontros presenciais na Casa Trampolim, em São Leopoldo, e quatro saídas de campo para conhecer de perto iniciativas importantes. Os temas abordados serão: Empreendedorismo feminino, Sustentabilidade e ESG, Negócios com propósito, Processos sustentáveis, Impacto socioambiental, Comunicação e Indicadores sustentáveis. Ao final da jornada, as participantes receberão uma certificação e um selo exclusivo.
Elas transformam
As criadoras do ECOLab são: Aline Daudt @daudtaline @_menosumplastico, Camila Alves @asabida_, Cláudia Sá @feirabemvestida, Daiana Schwengber @daiaschw @apoenasocioambiental, Júlia Rolim @interventura.urb, Juliana Oliveira @eu.ajuoliveira @beautyhouse.beleza, Raquel Mazuco e Renata Klein @somostrampolim @casadatrampolim e Vanessa Clós da Vida @majesticdrink.