Dados do IBGE mostram que a voz feminina está chefiando 39% dos domicílios no Rio Grande do Sul, o que mostra um crescimento de 58% no Estado.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, dia 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a voz de comando feminino nos lares gaúchos cresceu 58% em uma década. Enquanto em 2000 apenas 25% das mulheres chefiavam suas casas, em 2010 o índice pulou para 39% – um ponto percentual acima da média brasileira.
O que antes era uma raridade – mulheres comandando seus domicílios – está, cada vez mais, se tornando comum. A cada 10 residências, a chefia feminina soma quatro. A capital do Estado, Porto Alegre, foi a primeira capital brasileira a quase igualar os índices de ambos os sexos como chefes domésticos, o que mostra uma revolução feminina.
Um dos perfis usado como exemplo dessa revolução é da professora universitária e moradora de Porto Alegre, Márcia Del Corona (foto), 45 anos. Segundo a própria professora, ela sempre assumiu o papel de provedora. Márcia passou por dois casamentos e sempre deu a última palavra em decisões importantes. “Sempre tomei decisões, arquei com despesas, organizei a casa, escolhi onde morar”, garante a professora.
Em 2000, quando apenas 25% das casas visitadas pelo IBGE eram chefiadas por mulheres, isso acontecia por conta do custeio da maior parte das despesas da família e a tarefa de organizar a casa. Além disso, mulheres teriam mais peso nas decisões tomadas no dia a dia. Agora, que o índice está em 39%, um novo motivo serve como justificativa. “É inegável que a presença no mercado de trabalho vem sendo fundamental para isso”, acredita o supervisor de informações do IBGE no Estado, Ademir Koucher.
Informações de Zero Hora
FOTO: Jean Schwarz / Agencia RBS