Prefeito Ary Vanazzi anunciou, na tarde desta quinta-feira, 13, ampliação do Programa Saúde na Escola para o ciclo 2023-2024.
A ideia é promover saúde e educação de forma integral. Esse é o objetivo do Programa Saúde na Escola (PSE) que ganhará nova abrangência no município de São Leopoldo. A cidade aderiu ao novo ciclo de 2023-2024 com um incremento de 300% na atuação: de oito escolas do ciclo anterior, agora foram pactuadas 24 instituições. Dessas, duas são estaduais (incluindo a escola indígena kaingang), cinco são conveniadas e as outras demais municipais.
O anúncio foi feito pelo prefeito Ary Vanazzi na tarde desta quinta-feira, dia 13, no auditório da Escola de Gestão Pública. “Sou um defensor das políticas públicas sejam executadas de forma transversal, ou seja, que envolvam as diversas secretarias. Não existe solução de problemas com apenas um foco. O cidadão depende de todos os serviços e de uma rede operando em conjunto, é isso que propõe o PSE”.
Diante dos profissionais das duas áreas, Vanazzi fez uma relação com os tempos sombrios que as escolas convivem diante de ameaças e notícias falsas. “Essas ameaças, que afligem pais, estudantes e professores, se construiu na sociedade de forma organizada nos últimos anos. Há células espalhando o terror. Foi rompida uma história humanitária. Querem que a gente tenha medo. Quanto mais recuamos, mais o mal avança. Portanto, vamos ampliar a vigilância, as rondas, as denúncias. Vamos enfrentar esse desafio com segurança e coragem”, ressaltou.
Escola é mais do que sala de aula
O titular da Secretaria da Educação (Smed), Ricardo da Luz, falou com muito entusiasmo da reformulação do projeto. “As escolas não se contentam em fazer apenas o que lhe é mandado. As escolas querem mais. É nas escolas que se detecta a violência contra as crianças por conta das relações que criamos. Por isso é tão importante ter programas como esse, que junta educação e saúde”, reforçou o titular.
O diretor de Atenção Básica da Secretaria da Saúde (Semsad), Lotário de Souza, lembrou ainda que as crianças multiplicam as informações. “Se conseguirmos mudar, por exemplo, os hábitos alimentares dos estudantes, nós vamos contribuir para a qualidade de vida deles e provavelmente dos pais e familiares, já que as crianças costumam dividir em casa o que aprendem na escola”.
A mesa contou com a presença da representante da 2a Coordenadoria Regional de Educação (2a CRE), ngela Machado. Na sequência, a nutricionista Camila Hofmann apresentou os detalhes da iniciativa que será levada a partir de maio nas instituições.
Programa Saúde na Escola
O PSE é um programa intersetorial instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286/2007, no qual as políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral.
De acordo com Camila, falar de saúde referenciando o fazer na escola e o fazer na Unidade Básica de Saúde (UBS) requer um olhar abrangente. “O objetivo é realizar a intersecção necessária ao desenvolvimento de ações que contemplem as intencionalidades dessas e de outras políticas públicas, considerando a realidade do contexto dos estudantes e suas possibilidades de ressignificar conhecimentos e práticas para a melhoria das condições de vida dessa população”, explicou.
Na coordenação do Programa Saúde na Escola estão as secretarias de Saúde e Educação, que constituem o Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal (GTI-M), representadas pelas servidoras Camila Hofmann (nutricionista e consultora em amamentação) e Fabiana Morales Farias (psicóloga), respectivamente Semsad e Smed. O GTI-M contará também com a composição ampliada a partir da participação de outras secretarias, instâncias e serviços que atuarão conjuntamente com a coordenação, UBSs e escolas.
Foto: Divulgação/PMSL