A experiência brasileira de garantir escola para 232 mil jovens com deficiência servirá de exemplo para que outros países adotem o modelo.
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Na 4ª Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência será apresentado o programa brasileiro que insere deficientes nas escolas. A Conferência será em Nova York, nos Estados Unidos, e incentivará que outros países sigam o exemplo e adotem o programa nas suas escolas.
Maria José de Freitas, diretora da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, afirmou que pretende chegar a marca de 475 mil beneficiados até 2014 com o programa de inserção. Segundo Maria José, cerca de 2.622 municípios brasileiros já estão no programa, mas o objetivo é atingir 5.565 municípios no Brasil em até 4 anos.
“É necessário mudar a cultura que, infelizmente, ainda há de alguns setores sobre a incapacidade das crianças e adolescentes com deficiência. Trabalhando o fim do preconceito e mostrando que apenas ações coordenadas surtem efeitos é que conseguiremos atingir as metas. Quando se trabalha isoladamente, tudo fica mais difícil”, afirmou a diretora, em entrevista a Agência Brasil, sobre a união de forças para o projeto crescer.
Na Conferência, Maria José irá detalhar o programa Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social na Escola – BPC, que garante que os jovens deficientes estejam matriculados na escola de sua comunidade. “Há um conjunto de ações que têm de ser trabalhadas, desde a garantia de transporte até a segurança da matrícula”, completou ela.
Apesar das dificuldades do governo para aplicar o programa no começo, por meio de parcerias do MDS com os ministérios da Educação e Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os apoiadores do projeto comemoram nos últimos três anos o aumento de 21% para 52,61% de jovens com deficiência nas escolas atendidos pelo BPC.
Informações de Agência Brasil
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