Eles se acorrentaram em grades do Palácio Piratini e resistiram a investida da Brigada Militar
Das 5h às 10h, um grupo de professores gaúchos, liderados pelo CPERS Sindicato, fez barulho e se acorrentou em frente ao Palácio Piratini, para tentar uma audiência com o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, para reivindicar a contratação de novos professores a partir de concursos públicos.
A manifestação, coincidentemente, ocorreu às vésperas do dia do professor que será comemorado dia 15 de outubro. A governadora Yeda Crusius, mesmo estando em Brasília, teria emitido uma ordem determinando que a Brigada Militar “afrouxasse” a repressão com relação a retirada dos professores de frente ao Palácio Piratini. Até mesmo porque alguns professores estavam acorrentados.
O movimento somente se dispersou por volta das 10h30min, quando uma comissão de professores foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, que chegou à sede do governo do Estado depois de conversar com a governadora Yeda Crusius, por telefone.
Záchia disse através da assessoria de imprensa do Palácio Piratini que “a idéia é a de que eles possam trazer uma pauta e fazer uma discussão com o governo”, observou o secretário.
Conforme Záchia, o Cpers-Sindicato deverá entregar um ofício solicitando o agendamento de um encontro com o Executivo. “Depois de receber isso, o governo vai responder a quem for o seu interlocutor, e ao agendamento, para que se possa ter, permanentemente, essa conversação do Sindicato com o Governo”, explicou.
O governo do Estado, disse Záchia, oficialmente não tem ainda as reivindicações do magistério. “Mas sobre a questão do reajuste salarial, todo o esforço que estamos fazendo e os projetos enviados à Assembléia Legislativa são exatamente para isto: dar uma condição financeira melhor ao Estado. Na medida em que o Estado tenha uma melhor condição ele poderá pagar, primeiro, os salários dos servidores em dia”, salientou.