De acordo com o engenheiro Luiz Alcides Capoani, instalações elétricas aparentes no local “podem matar qualquer pessoa”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Após vistoria no Presídio Central de Porto Alegre, realizada na manhã desta quinta-feira, dia 19, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – Crea-RS, Luiz Alcides Capoani, declarou que a situação é pior do que ele imaginava.
Segundo o engenheiro civil, um dos maiores problemas são as instalações elétricas aparentes. “Podem matar qualquer pessoa”, disse. Capoani ressaltou que o esgoto aparente também é uma grave deficiência e oferece riscos à saúde dos presos, dos funcionários e dos visitantes.
Participaram da ação integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-RS, do Crea-RS e do Conselho Regional de Medicina – Cremers. O presidente da OAB-RS, Cláudio Lamachia, afirmou que a situação é um desrespeito e tem como consequência o aumento da violência de modo geral. “Um pessoa com menor potencial ofensivo, ao sair daqui, fica pior”, declarou.
O vice-presidente do Cremers, Fernando Matos, contou que os detentos doentes ficam junto aos sadios, o que gera proliferação das enfermidades. O médico acredita que o número de tuberculosos (119) e de portadores de HIV (90) informados pela direção do presídio seja maior. Conforme Matos, a superlotação, comum a hospitais e penitenciárias, é decorrente de má gestão.
Atualmente, 4,6 mil homens estão presos no local. A partir de 1º de maio, criminosos já condenados serão proibidos de ingressar no local.
Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução / Pedro Revillion
