A Liga Feminina de Combate ao Câncer não só tem um propósito, mas uma ação: não irá parar de lutar enquanto o tratamento de câncer não voltar para Novo Hamburgo. Regina Dau e um grupo de mulheres dão exemplo e lutam, diariamente, pela volta do tratamento a capital do Calçado e pela dignidade das pessoas, como elas afirmam. Afinal, para toda a cidade, só há uma certeza: a saída desse tratamento é um retrocesso de 30 anos.
Na sexta-feira (6), a Liga se reuniu com todas as Ligas de Combate ao Câncer da região (Estância Velha, Campo Bom, Dois Irmãos), de forma unânime, e todas tiveram um mesmo propósito: alinhadas e na luta para trazer de volta a esse tratamento a Novo Hamburgo.
O ponto apontado pela LIGA é o seguinte: a preocupação de como será esse futuro. “Nos preocupamos com a sequência desse tratamento. As difíceis operações, o próprio tratamento, as emergências”, diz a presidente da Liga, Regina Dau.
E isso é o que mais preocupa a Liga: atendimentos e o futuro deles. Afinal, no Hospital Regina, existiam pacientes que já estavam há anos em tratamento – inclusive com diversas operações cirúrgicas complexas.
Regina garante que a luta não terminará. Será complexa, mas não terminará. “Seguiremos nessa luta. Ela é para trazer o tratamento para Novo Hamburgo. Nunca vamos deixar de tentar e sensibilizar”, disse.
Na terça-feira, a comissão se reunirá com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, para tentar uma nova solução. E elas afirmam que uma bela apresentação, com relatos de pacientes, será dada a secretária.
VOLTA
Como se daria essa volta? A longo prazo, a prefeita Fátima Daudt mobiliza um futuro tratamento no Hospital Municipal. É a luta do do executivo, para um período de 2 a 3 anos. Mas, para isso, o Anexo 2 do HMNH precisa estar pronto. As obras estão se iniciando. É uma boa luta: afinal, Novo Hamburgo pode ter sua oncologia 100% SUS, gerenciada pelo município.
Mas, qual seria uma solução emergencial, como luta a LIGA e boa parte da comunidade? Seria a volta do tratamento para o Hospital Regina. Mas, para que volte ao Regina, precisa haver uma repactuação financeira por parte do Ministério da Saúde. E essa repactuação financeira passa por 2 poderes: estadual e federal. Essas esferas precisam ter concordância. E a Liga se mobiliza para isso. Afinal, o tratamento precisa ser para hoje.