Prefeitos de municípios do Vale encaminham ao TCU manifesto pedindo liberação urgente das obras
A Prefeitura de Novo Hamburgo finalmente se une aos apelos da comunidade para ter o metrô. Nesta sexta-feira, o prefeito Jair Foscarini reuniu representantes de administrações da região para assinar um manifesto, que será enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo agilidade na decisão de liberação das obras de extensão até Novo Hamburgo.
Embora tivesse participado de reuniões organizadas pela Comissão Pró-Trensurb da Câmara de Vereadores, e de audiência no próprio TCU em Brasília, a Prefeitura ainda não havia oficializado sua posição favorável à vinda do trem e, principalmente, de cobrança pelo início da obra.
Perguntado pelo novohamburgo.org sobre a razão da manifestação pública neste momento, o prefeito Jair Foscarini alegou que não houve a possibilidade de encontro dos prefeitos da região para tratar do tema em outra oportunidade. Disse ainda que pessoalmente já havia participado da discussão nas reuniões da Câmara.
No entanto, a posição oficial do Município veio somente agora e está acompanhada de uma esperança de que o processo seja votado urgentemente no TCU. Inclusive, Jair acredita que o movimento de prefeitos pode estar representado na sessão do Tribunal, quando o processo de extensão do metrô estiver na pauta.
“É importante estarmos presentes para manifestar o interesse de toda uma coletividade, que não é o interesse de uma ou outra pessoa, mas de toda a comunidade do Vale do Rio dos Sinos”, disse.
Não há unanimidade
Embora seja uma antiga reivindicação da cidade, inclusive com a coleta de 60 mil assinaturas através de iniciativa do Grupo Pensando Novo Hamburgo, a vinda do trem não é uma unanimidade no município. Haveria inclusive um movimento informal de lojistas preocupados com possíveis prejuízos de ordem comercial.
Entrevistado há cerca de 15 dias pelo novohamburgo.org, o secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Diego Martinez, confirmou que há quem não queira o metrô, mas ressaltou a relevância do transporte.
“Acho que o metrô é importante. Se ele vai trazer algum problema, vamos trabalhar para resolvê-lo. O metrô não só tem que vir para Novo Hamburgo como subir a serra e ir até Gramado. Eu respeito movimentos contrários, mas o que falta para o empresário como um todo é unificar idéias e discutir mais responsavelmente isto. Temos que ver o desenvolvimento como um todo”, afirmou.
Mobilização regional

No encontro desta quinta-feira, estiveram presentes o prefeito de Campo Bom, Giovani Feltes, de Portão, Eloi Besson, de Ivoti, Maria de Lourdes Bauermann, o coordenador de Mobilidade Urbana de São Leopoldo, Sandro Lima e o secretário de Administração de Estância Velha, Pedro Engelmann, além do vice-prefeito de Novo Hamburgo, Raul Cassel.
Foram convidados, mas não estiveram presentes, nem enviaram representantes, Renato Dexheimer, de Dois Irmãos, e Nelson Spolaor, de Sapiranga.
Opiniões:
Giovane Feltes: “Só há uma possibilidade de o trem chegar a Campo Bom: é preciso se materializar a extensão da linha até Novo Hamburgo. É um transporte moderno, de maior segurança e menor custo, que irá beneficiar muito a região.”
Eloi Besson: “Temos a certeza de que o metrô irá desafogar a BR-116 e baratear o custo de deslocamento dos nossos trabalhadores.”
Pedro Engelmann: “O trem irá representar muito para toda a região, sem contar que irá desafogar a BR-116 e auxiliar no desenvolvimento do Vale do Sinos.”
Sandro Lima: “Esta ação extrapola as questões político-partidárias. O metrô é importante para a pujança econômica do Vale do Sinos e irá facilitar muito a vida dos trabalhadores. Este documento pondera a necessidade de homologação da licitação para que iniciem logo as obras.”
Raul Cassel: “A história de desenvolvimento econômico da região se deu pelo trem e agora ela se repete novamente.”