Novo Hamburgo não será mais referência no tratamento de câncer via SUS. Esse foi o tema da conversa do DuduNews e do jornalista Aurélio Decker, junto a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt nesta segunda-feira. A chefe do executivo hamburguense recebeu a reportagem em seu gabinete, para falar sobre os questionamentos.
Fátima iniciou a conversa, após matérias publicadas pelo DuduNews, reforçando a seguinte fala: “As pessoas vão receber o transporte e o tratamento”. Este, segundo a prefeita Fátima Daudt, é o principal foco da prefeitura: levar o tratamento e o transporte logístico aos mais de 900 pacientes oncológicos tratados no município, que serão levados para Taquara, a partir de 22 de maio.
Segundo a prefeita, acompanhada do secretário da Saúde, Marcelo Reidel, o ponto inicial da situação parte em 7 de dezembro, quando cinco cidades do Vale do Sinos anunciaram que iriam realizar seu tratamento de câncer no município do Vale do Paranhana.
Omotivo? A longa fila de espera de 172 pacientes, represados pelo Hospital Regina. “Novo Hamburgo estava fora dessa lista e iria continuar fazendo o tratamento no Regina. Mas, em 7 de janeiro, o Hospital oficializou: não iria atender mais nenhum paciente SUS”, disse.
Em Novo Hamburgo, eram 150 pacientes na fila de espera. Segundo a prefeita, isso é inconcebível. Além disso, os municípios do Vale do Sinos tinham somente 62 novos acessos mensais na oncologia do Regina.
TAQUARA
Agora, quem irá atender a cidade será a Oncoprev, de Taquara. “Em dezembro, nós tivemos uma audiência de conciliação, para evitar essa demanda reprimida. O Ministério Público Federal que entrou. O promotor federal exigiu que existisse uma solução. E a solução foi Taquara”, explica Marcelo Reidel. Para o secretário, a estrutura do município é boa. “São 22 leitos clínicos, 3 salas e blocos cirúrgicos oncológicos, e 10 leitos de UTI para oncologia”, disse.
LOGÍSTICA
“Iremos exigir um altíssimo padrão. Não será um transporte médio: teremos um bom transporte a todos”, disse Fátima, questionada sobre a logística. Principalmente, por que os pacientes precisarão eenfrentar o tráfego da ERS-239.
MUNICIPAL E UNIMED
Sobre a oncologia estar dentro do Hospital Municipal, a prefeita garantiu: “Se fosse fazer isso no Hospital Municipal, teríamos de deixar de atender outro setor”, disse. “É muito recurso para atender a todos (tecnologia, de exames a UTI, e profissionais)”, falou. E uma ótima expectativa: a Unimed pode ser referência na Oncologia SUS. “Foi solicitado ao Hospital da Unimed a abertura do serviço de oncologia SUS em Novo Hamburgo, desde o início da construção dele. A direção do hospital disse que ia botar sob a mesa esse assunto”, finalizou a prefeita.