Fica em cartaz nesta terça e quarta-feira a já consagrada peça do teatro gaúcho
Primeiro, para se entender a peça, precisamos entender o que é o ponto G. Segundo quem estuda o tema, o ponto G é uma concentração de glândulas, vasos sangüíneos e terminações nervosas cuja função é proporcionar prazer.
É lógico que o ponto só pode ser encontrado nas mulheres (os homens não teriam esses mistérios). O ponto G fica localizado dentro da vagina, e não é, dizem os entendidos, tarefa fácil encontra-lo. E exatamente por ser algo exclusivo é que as personagens da peça Se Meu Ponto G Falasse são mulheres: Ana e Bia.
O espetáculo conta a trajetória de duas mulheres comuns que viveram as etapas obrigatórias da mulher do século XX. Sonharam com seus príncipes encantados, se decepcionaram com eles, viveram a dor da separação, a conquista da auto-estima e do poder da sexualidade, viveram a conquista do mercado de trabalho, através da descoberta de seus talentos, e desvendaram um mundo novo e cheio de possibilidades.
Bia e Ana representam a mulher que se auto-retrata depois de todos os avanços da revolução feminista e traça, com muito humor, muita auto-crítica e uma pitada de auto-ajuda, o perfil da nova mulher.
Júlio Conte, psicanalista, dramaturgo e encenador, que ficou famoso com Bailei Na Curva, de 1983, é quem dirige a peça de 1h e 10min de duração. O texto é dele e das duas atrizes que encarnam as personagens, Heloisa Migliavacca e Patsy Cecato.