Justiça de Novo Hamburgo mandou soltar nesta segunda os 4 militares suspeitos de integrar quadrilha
Os quatro policiais militares de Novo Hamburgo que estavam presos por suspeita de formação de quadrilha foram postos em liberdade nesta segunda-feira e vão poder responder em liberdade às acusações. Por serem réus primários e possuírem endereços fixos, e por falta de direcionamento do processo, os agentes foram libertados.
A prisão preventiva dos quatro policiais militares em Novo Hamburgo, pela Polícia Civil, ocorreu no dia 26 de setembro, quando os acusados foram recolhidos sob a suspeita de participar de roubo a bancos, indústrias e a estabelecimentos comerciais.
A decisão pela soltura foi tomada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Novo Hamburgo, Ruy Rosado de Aguiar Neto, que, além de conceder liberdade aos policiais militares, ainda concedeu alvará de soltura para Sirlei da Rosa, esposa do soldado José Luiz Ramires da Rosa – morto em 7 de setembro último, e para Vanderlei da Silva, também suspeito do assassinato do policial.
Conforme o Ministério Público, as investigações agora voltam para a polícia, a qual irá dar continuidade aos tramites legais e terá de trabalhar com a desvantagem de ter suspeitos fora da prisão.
Segundo informou recentemente o comandante do 3º Batalhão de Policiamento Militar, de Novo Hamburgo, Tenente Coronel José Paulo Silva da Silva, os policiais podem ser condenados a prisão por desvio de conduta, pelo Tribunal Militar, se ficar comprovado que eles praticaram alguma ação ilícita durante seu expediente de trabalho. Se a irregularidade ocorreu fora do horário de trabalho, o julgamento vai para a justiça comum.
José Paulo também informou, com exclusividade ao novohamburgo.org, que, em 2006, a Brigada Militar gaúcha expulsou 53 PMs por envolvimento em crimes e instaurou 10,7 mil inquéritos e sindicâncias, o equivalente a uma investigação para cada dois PMs, em média, já que o efetivo beira 23 mil homens.