Mariane veio a Novo Hamburgo consultar na UPA depois sentir fortes dores. Após exames, foi constatado a presença de um corpo estranho.
Uma trágica história abalou a cidade de Parobé quando uma jovem mãe, Mariane, faleceu após complicações pós-parto. A descoberta chocante de que uma gaze havia sido esquecida dentro do corpo de Mariane, após seu parto por cesárea, trouxe à tona preocupações sobre a segurança dos procedimentos médicos e a qualidade dos cuidados de saúde.
Mariane deu à luz seu filho em um hospital local, o Hospital São Francisco de Assis. Dois meses após o parto, ela veio a óbito em decorrência de complicações que, de acordo com laudos médicos, estavam relacionadas à presença da gaze em seu corpo. A situação gerou indignação e comoção na comunidade local.
A Polícia Civil, após a realização do velório, solicitou a necropsia do corpo de Mariane para esclarecer as circunstâncias de sua morte. A polícia abriu um inquérito para investigar se houve negligência ou irregularidades por parte dos profissionais de saúde envolvidos no caso. A Delegacia de Polícia de Parobé-RS afirmou que ouvirá as partes envolvidas para determinar se houve algum crime cometido.
O Hospital São Francisco de Assis emitiu uma nota lamentando o falecimento de Mariane e defendeu a correção de todas as medidas adotadas durante o procedimento médico. A instituição também alegou que a complicação que levou à morte de Mariane é um evento não previsível, classificado como “complicação pós-cirúrgica descrita na literatura”. O hospital, que afirma operar de acordo com princípios éticos e legais, possui um histórico de mais de 40 anos de serviços de saúde na comunidade.
De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo, responsável pela administração do hospital, foi realizada uma ultrassonografia em Mariane no dia 14 de agosto, que identificou a presença de um “corpo estranho” em seu organismo. O laudo entregue à família indicava a possibilidade de uma gaze esquecida no corpo da vítima. Essa descoberta levanta questões sobre a eficácia dos protocolos de controle de qualidade e segurança nos procedimentos cirúrgicos realizados no hospital.
Nota do Hospital São Francisco de Assis Parobé
“Tendo em vista o óbito noticiado na imprensa local, o HSFA esclarece que as matérias publicadas possuem informações inverídicas, eis que conforme prontuário e relato dos profissionais envolvidos no atendimento, o óbito ocorreu por complicação pós-cirúrgica descrita na literatura e não previsível. O tratamento requer intervenção cirúrgica e todas as medidas adotadas foram corretas.
Ao contrário do noticiado, em nenhum momento a causa da morte foi informada pelo hospital como sendo ‘causas naturais’.
Lamentamos profundamente a perda da família e todas as informações referentes ao atendimento estão à disposição dos familiares.
Por fim, gostaríamos de deixar claro que, mesmo com dificuldades, trabalhamos há mais de 40 anos pautados nos ditames éticos e legais vigentes para oferecer a melhor assistência para a região de mais de 2 milhões de pessoas atendidas pelo HSFA e que não toleraremos notícias falsas e caluniosas contra esta instituição e seus colaboradores.”
“Não vamos nos manifestar no momento. Estamos iniciando sindicância conforme regulamentam os órgãos de fiscalização“
Fonte: G1