O prejuízo ao crime organizado foi de pelo menos 30 milhões de reais.
A Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ªDPHPP/DHPP), realizou na manhã desta quarta-feira (19) a Operação Fratelli, uma ação interestadual que teve como objetivo reprimir o crime organizado e a lavagem de dinheiro de uma organização criminosa responsável por diversos homicídios no estado. De acordo com as investigações, essa organização criminosa ordenou mortes em locais como na zona sul da capital. Durante a operação, foram presas quatro pessoas, e a polícia apreendeu aproximadamente 27 mil reais, armas, veículos e documentos falsos.
Segundo o delegado Marcus Viafore, a investigação durou dois anos, e hoje foram cumpridas, em dois estados e 10 cidades, 173 ordens judiciais contra o crime organizado. O prejuízo ao crime organizado é de pelo menos 30 milhões de reais. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Campo Bom, Charqueadas, Itajaí/SC, Itapema/SC, Balneário Camboriú/SC e Bombinhas/SC.
A operação recebeu o nome de “Fratelli” (família em italiano) devido à forma específica de ação criminosa dessa facção, e também pelo fato dos crimes serem cometidos em família por esse braço dessa organização criminosa. Esse grupo criminoso, que tem por base o Vale dos Sinos, na região metropolitana de Porto Alegre, tem elos com facção nacional sediada em São Paulo e abastecia de drogas os bairros no extremo sul de Porto Alegre e São Leopoldo, lavando o capital oriundo do tráfico em diversos setores da economia formal.
Dentre as ordens judiciais, estão 45 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva, 125 ordens de bloqueios bancários e 23 indisponibilidades de imóveis. O valor dos bens congelados da organização perfaz o montante aproximado de R$ 30 milhões de reais.
Foto: Divulgação/PC