Quadrilha é investigada por ao menos 10 mortes ocorridas em São Leopoldo. Em um dos casos investigados pela polícia, uma sessão de tortura foi transmitida via videochamada para criminosos que estão presos.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios de São Leopoldo, deflagrou na manhã desta quinta-feira , 11, a “Operação Ultor”. A operação, coordenada pela Delegada Mariana Studart, investiga homicídios e tentativa de homicídio cometidos desde janeiro deste ano no município do Vale do Sinos. A ação conta com apoio da Brigada Militar.
Quadrilha é investigada por ao menos 10 mortes ocorridas em São Leopoldo. Em um dos casos investigados pela polícia, uma sessão de tortura foi transmitida via videochamada para criminosos que estão presos.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios de São Leopoldo, deflagrou na manhã desta quinta-feira (11), a “Operação Ultor”. A operação, coordenada pela Delegada Mariana Studart, investiga homicídios e tentativa de homicídio cometidos desde janeiro deste ano no município do Vale do Sinos. A ação conta com apoio da Brigada Militar.
Em uma das residências alvo da polícia, foram encontrados cerca de R$ 300 em dinheiro em espécie. Quatro armas, munições e drogas foram apreendidas. A quadrilha investigada seria, segundo as investigações, a responsável por dez mortes ocorridas em São Leopoldo desde o início do ano. Uma tentativa de homicídio também é investigada.
Segundo as investigações, a quadrilha tentava impor no bairro o chamado “Tribunal do Tráfico” na área de atuação do grupo. Se tornam alvo rivais na venda de entorpecentes, quem deve para os traficantes e quem comete crimes no bairro.
No entanto, também são alvo moradores que não aceitam a dominação dos traficantes ou a venda de drogas perto de suas casas. Entre os crimes investigados está a tentativa de homicídio cometida contra uma jovem. Ela foi atacada e baleada por cinco integrantes da quadrilha no dia 7 de janeiro. A vítima foi mantida em cárcere privado e torturada, tendo sido agredida com facadas e atingida por disparo de arma de fogo. O ataque foi assistido, por meio de chamada de vídeo, por presos.
Após as agressões, a vítima teria sido retirada do local e levada ao bairro Morro do Paula, onde foi deixada em um ponto de tráfico para servir de “recado” aos moradores. A jovem só sobreviveu porque fingiu estar morta. Além desse crime, a polícia já conseguiu comprovar mais duas ações do grupo alvo da operação de hoje. Em uma delas, a vítima foi alvejada por mais de 20 disparos de arma de fogo em frente a sua residência no dia 19 de janeiro. A polícia apurou que o crime foi cometido como forma de represália. A vítima teria atingido, com uma arma de pressão, a avó de alguns membros de organização criminosa atuante na região, após discussão em um bar.
O terceiro crime investigado aconteceu nove dias depois, em 28 de janeiro, quando integrantes da mesma organização criminosa entraram na residência da vítima e a atingiram com um disparo de arma de fogo. Posteriormente a enterraram em um matagal.
De acordo com a investigação, o crime foi encomendado pela própria companheira da vítima, em virtude de brigas constantes e de suposta prática de estupro por parte da vítima contra a enteada.
Outros assassinatos seguem sendo investigados em busca da identificação da autoria.
Foto: Divulgação/PC