Presidente Lula lançou hoje plano nacional que pode baratear anticoncepcionais em até 90%
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta segunda-feira, em São Paulo, a Política Nacional de Planejamento Familiar. Entre as medidas previstas na política está a inclusão da vasectomia na Política Nacional de Cirurgias Eletivas.
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Os anticoncepcionais passarão a ser vendidos com preços até 90% mais baixos em farmácias e drogarias credenciadas no Programa Farmácia Popular do Brasil. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a cartela de anticoncepcional, por exemplo, poderá custar entre R$ 0,30 e R$ 0,40.
Para Lula, as novas medidas vão dar condições para que as famílias pobres também possam decidir quantos filhos querem ter e em que momento, assim como a classe média faz hoje.
“Nós temos de fazer uma política para todos, mas proteger a parte mais pobre da população e é exatamente essa parte mais pobre da população que não recebe nem em dinheiro nem em educação aquilo que recebem setores médios da sociedade que por si só quando casam já planejam os filhos que querem ter ou quando querem ter.”
Na avaliação do presidente, o programa de planejamento familiar é uma reparação a essas famílias e representa “um salto de qualidade no papel que o Estado brasileiro precisa cumprir”.
“Esse desafio começa a sofrer esse reparo agora, quando colocamos à disposição da sociedade aquilo que é necessário para que as pessoas possam planejar e vamos levar para a televisão e para a escola o mínimo de informação que as pessoas precisam ter para evitar uma gravidez indesejada, uma gravidez fora de hora.”
Lula pediu o apoio da comunidade científica e dos médicos para que o programa de planejamento familiar tenha resultados positivos. Para isso, seria preciso que a sociedade não veja a política como uma iniciativa do governo.
“Se fica uma decisão de que é um programa da sociedade brasileira, cada um de vocês pode se sentir um ministro da Saúde, pode se sentir uma secretária da Mulher, para que a gente possa não apenas cobrar do governo, mas também a gente se cobrar diariamente o que a gente está fazendo para que o planejamento familiar aconteça da forma que nós precisamos que aconteça.”
Fonte: Agência Brasil