Além das buscas pelos fósseis, estudos de eventos passados permitem traçar relações com as alterações climáticas atuais, ajudando a prever o que pode acontecer no futuro.
Pesquisadores brasileiros do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas da Unisinos – itt Oceaneon realizaram uma expedição antártica de quase dois meses em busca de fósseis que contam a história da evolução do Planeta. A equipe, composta pelo coordenador do itt Oceaneon, Gerson Fauth, e as alunas da Escola Politécnica, Leslie Márquez e Bruna Schneider, embarcou na Operantar 41, uma operação que faz parte do Programa Antártico Brasileiro.
Depois de realizar atividades de campo no extremo sul do Chile com pesquisadores do Instituto Antártico Chileno (INACH), a equipe embarcou no navio Ary Rongel e chegou na Base Brasileira sediada nas Ilhas King George. A partir daí, o trio foi lançado de helicóptero na Ilha Seymour, onde realizou o trabalho de campo.
A equipe coletou fósseis e microfósseis nos afloramentos por aproximadamente um mês, realizando caminhadas de até 20 km para reunir amostras e fazer perfis geológicos desses sedimentos. Essas rochas, que datam de 23 a 66 milhões de anos, possibilitarão estudar momentos de aquecimento e esfriamento da terra.
Os pesquisadores foram resgatados pelo navio Ary Rongel para o retorno e chegaram em terra firme no Brasil no dia 22 de fevereiro. O material coletado seguirá agora para análise nos laboratórios do itt Oceaneon e o resultado da pesquisa será relatado em artigos científicos. A expedição proporcionou uma oportunidade única para a equipe acessar amostras raras de serem coletadas, fósseis que contam a história da evolução do Planeta, e possibilitou o desenvolvimento da pesquisa científica e estimulou a formação acadêmica de mestres e doutores.
Sobre o itt Oceaneon
O Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas – itt Oceaneon desenvolve pesquisas visando compreender a evolução geológica, biológica e paleoceanográfica dos oceanos, especialmente do Oceano Atlântico e suas bacias sedimentares. Além disso, realiza pesquisa básica, projetos de Desenvolvimento e Inovação (P&D&I), capacitação profissional e prestação de serviços tecnológicos.
Foto: Divulgação/Unisinos