Especialistas buscam rastrear contatos, sites que ele costumava visitar, e-mails e interesse em jogos eletrônicos, por exemplo.
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A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática – DRCI, que já conseguiu a quebra de sigilo do correio eletrônico de Wellington Menezes de Oliveira, aguarda resposta dos provedores para traçar um perfil do jovem que matou 12 crianças na escola Tasso da Silveira, na última quinta-feira, dia 07, no Rio de Janeiro.
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“Estamos fazendo um trabalho minucioso em toda rede mundial para rastrear seus contatos, os sites que ele costumava visitar e traçar o perfil de utilização do computador. Saber, por exemplo, se ele só usava mesmo de madrugada, como já foi ventilado, ou em outros momentos”, afirmou a delegada Helen Sanderberg, titular da DRCI.
Para municiar a investigação, a delegada está analisando os vários e-mails que Wellington trocou com um homem – ainda não identificado – durante três meses de 2010. Em algumas conversas, a polícia descobriu que o criminoso mostra interesse por jogos eletrônicos violentos. A delegada agora tenta localizar o interlocutor de Wellington e chamá-lo para depor.
Segundo um especialista em segurança de computadores, mesmo tendo queimado o computador para eliminar pistas, é possível recuperar os dados de Wellington. De acordo com Altieres Rohr, “fogo não é a melhor maneira de se livrar de um disco rígido – na verdade, HDs são bastante resistentes contra altas temperaturas. Se o fogo não chegou a danificar as mídias do disco (chamadas de platters), os dados ainda podem ser recuperados”, assegurou.
Vontade de
aprender a atirar
Por e-mail, Wellington também fez contato com o instrutor de tiros Wilson Saldanha, que é credenciado pela Polícia Federal, para dar aulas sobre o uso de armas de fogo. Wilson, que guardou as mensagens, revelou ao programa Fantástico, da Rede Globo, que, no primeiro contato, Wellington disse que usaria a arma apenas para defesa pessoal, mas que enquanto não tivesse uma gostaria de treinar para aprender a fazer os disparos com segurança.
Na resposta, o instrutor explica que nenhum clube de tiro empresta armas, mas que ele poderia fazer um curso para aprender a atirar. Depois que o instrutor lhe pediu dados pessoais, no entanto, Wellington não voltou a escrever.
Os manuscritos do atirador encontrados pela polícia também estão sendo analisados para compor a personalidade do autor do ataque na escola de Realengo.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução