Com objetivo de identificar as espécies de lagostins já existentes e uma nova, que ainda está sendo catalogado, um grupo de doutorandos e graduandos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), visitou o Parque Henrique Luiz Roessler, o Parcão na manhã desta quinta-feira, dia 1º de outubro. O grupo faz parte de um projeto relacionado à preservação da espécie e seu ecossistema.
De acordo com Kelly Martinez Gomes, doutoranda da UFGRS, os lagostins são pequenos crustáceos de água doce, que passam boa parte das suas vidas enterradas em tocas, que são construídas em terrenos úmidos e alagados. As tocas possuem uma borda ornamentada, chamada de chaminé. Um dos fatores determinantes para que o crustáceo fosse encontrado é a condição de preservação do Parcão. “Nunca imaginamos que encontraríamos em uma área urbana uma nova variedade. É surpreendente encontrar em um cenário urbano. A preservação do espaço foi fundamental para essa descoberta”, conta Kelly, que não poupa elogios em relação ao parque. Quem ficou emocionado com os elogios e com o reconhecimento do trabalho foi o agente ambiental Udo Sarlet, que acompanhou o grupo na pesquisa de campo. “Essa procura pelo parque enriquece e fortalece o nosso trabalho na educação ambiental”, observou Sarlet.
Descoberta
A descoberta aconteceu em setembro desse ano, quando visitantes da instituição encontraram esta espécie de lagostim. A morfologia do animal ainda vai ser estudada por um taxidermista, que vai avaliar e dar nome a nova espécie. A revelação de uma nova variedade permite saber mais sobre o estado de conservação dos crustáceos e é com essa base de conhecimento que os acadêmicos da UFRGS identificarão, catalogarão e reconhecerão os tipos já existentes. “É motivador pra nós estarmos em um lugar tão bem preservado como o Parcão e acompanhar estas pesquisas”, conta a estudante do 4° semestre de Ciências Biológicas, Erika Petzhold, 18 anos.