Que linda notícia. Que baita reconhecimento para a comunidade hamburguense!
A tradicional escola municipal Adolfina Diefenthäler foi eleita uma das melhores do planeta. A escola da rede municipal foi reconhecida entre as melhores do mundo em estar dentro de sua comunidade.
Da diversidade à empatia. Da colaboração ao debate. O World’s Best School Prize for Community Collaboration reconhece as escolas que têm o trabalho integrado com as suas comunidades e buscam caminhos e formas para atender as necessidades dos estudantes no seu desenvolvimento.
No texto de classificação, com tradução do DuduNews, o prêmio diz:
“A EMEB Profª Adolfina J. M. Diefenthäler, uma escola primária em Novo Hamburgo, Brasil, já foi uma instituição em ruínas que viu um grande número de alunos reprovados e evadidos, mas agora quase não tem reprovações depois de trazer assembleias democráticas que dão aos alunos uma participação.
Em 2012, assim como outras escolas da região que atendem comunidades carentes, a EMEB Profª Adolfina J. M. Diefenthäler foi considerada uma instituição “fraca” e os professores ficaram desmoralizados pelas más atitudes de seus alunos que não tinham motivação para concluir seus estudos. As instalações da escola sujas e pichadas estavam em tão mau estado que muitas estavam inutilizáveis e conflitos verbais e físicos podiam irromper na sala de aula. Faltava espírito comunitário; tanto os alunos como os professores sentiam-se como se não pertencessem.
Determinada a reverter essa situação, a escola seguiu um modelo educacional democrático.
A cada ano, é realizada uma conferência em toda a escola na qual as maiores demandas e questões são discutidas e debatidas com mais detalhes. Tudo se resume a uma votação para ver quais das demandas viáveis podem ser alcançadas no ano seguinte. Nas assembleias e conferências, todos têm um voto e cada aluno tem o direito de criticar, exigir ou alterar as propostas apresentadas. A escola garante que o fórum seja um local seguro para os alunos expressarem suas preocupações e fazerem com que essa voz seja respeitada. Como todos podem participar, todos se sentem responsáveis pelo desenvolvimento da escola e aprendem a ouvir e respeitar as necessidades de todos. Os professores, por sua vez, sentem-se empoderados como agentes de mudança.
Se a EMEB Profª Adolfina J. M. Diefenthäler ganharp o Prêmio Melhor Escola do Mundo de Colaboração Comunitária, consultaria as assembleias escolares para determinar qual seria o melhor uso dos fundos, idealmente comprando mesas redondas, quadros brancos, além de jogos para os anos mais jovens.