Projeto que visava a manter em 14 o número de cadeiras foi rejeitado e Câmara hamburguense pode ter 21 a partir de 2013.
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A democracia pressupõe liberdade. Liberdade de opinião, de expressão, de decisão. Até aí, nenhuma novidade.
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O que às vezes os representantes eleitos pelo povo, democraticamente, diga-se de passagem, já que estamos falando de uma democracia representativa, com o perdão da redundância, esquecem é justamente que tem responsabilidade com quem os elegeu. O sistema pressupõe responsabilidade de quem se coloca na condição de representante; quem escolheu representar.
A repetição do verbo representar não é por acaso. Foi um dos argumentos utilizados pelos vereadores que foram contra a fixação de 14 cadeiras na Câmara Municipal de Novo Hamburgo. Eles preferem 21 a partir de 2013, como possibilita a legislação federal, e dizem que isso significa maior representatividade no parlamento.
Sim, prezados leitores, 21 é mais do 14. Não precisa fazer conta para chegar a essa conclusão. Agora, para dizer que isso significa mais setores sociais representados, não há conta que comprove. Os novos sete vereadores que serão eleitos no ano que vem, confirmando-se o aumento de 50% no legislativo hamburguense, podem apenas inchar o plenário, somando-se às posições políticas que lá já estão representadas.
O certo é que aumentar o número de vereadores significa menos dinheiro para a saúde, para a educação, segurança. Cálculos aproximados chegam a R$ 1,3 milhão ao ano só para pagar os salários dos novos parlamentares e dois assessores para cada um. E tem ainda encargos sociais, estrutura de expediente, reformas na Câmara para abrigar mais sete gabinetes… Tudo bem, não se resolve todos os problemas da cidade com esse recurso, mas dá para gastá-lo de forma mais racional.
Reflexão
Com a responsabilidade – veja bem o conceito da palavra – que sabe que tem como veículo de comunicação na democracia, nos debates públicos, o Portal novohamburgo.org deixa claro sua posição: 14 vereadores é melhor para a cidade do que 21.
E mais, fica um apelo aos nobres vereadores, contra os quais não há nada de significativo que faça imaginar que não sejam capazes de rever suas decisões: por favor, antes de votar em segundo turno o projeto rejeitado nesta quinta-feira, dia 15, o que provavelmente ocorra no início de outubro, conversem com seus eleitores; saibam o que eles preferem. O novohamburgo.org está perguntando aos seus leitores:
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FOTO: Douglas Cypriano / CMNH
