Além das prisões, as equipes policiais confiscaram uma quantidade significativa de substâncias ilícitas.
Na manhã desta quarta-feira, 23, uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a Brigada Militar, por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, deu início à “Operação Dry” com o objetivo de desmantelar uma facção criminosa que atua na região do Vale do Sinos. Ao todo, 110 policiais, entre integrantes da Polícia Civil e da Brigada Militar, se mobilizaram para cumprir 16 mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, incluindo Sapucaia do Sul, Esteio, Novo Hamburgo, Igrejinha e Montenegro.
A operação surge como resultado de investigações conduzidas pela 2ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, que apura uma série de crimes atribuídos a uma facção criminosa com atuação na região. Os principais delitos sob investigação são tráfico de drogas e associação para o tráfico. De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades, os mandados de busca e apreensão foram emitidos como parte do processo investigativo, visando recolher provas e evidências que corroborem as alegações contra os suspeitos.
Durante o curso da operação, que teve início nas primeiras horas da manhã, foram registradas oito prisões por crimes relacionados ao tráfico de drogas e posse ilegal de armas. Além das prisões, as equipes policiais confiscaram uma quantidade significativa de substâncias ilícitas, munições, coletes balísticos e numerosos dispositivos telefônicos, presumivelmente utilizados para comunicação criminosa.
Os detalhes da investigação destacam a meticulosa logística adotada pelo grupo criminoso para armazenar e distribuir armas e drogas na região. O principal alvo da operação, atualmente detido na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, é apontado como o líder dessa célula criminosa. A investigação revelou que ele estava envolvido em um elaborado esquema de tráfico de drogas e possuía um grande arsenal de armas de fogo, utilizado tanto para ameaçar rivais quanto para alugar a terceiros para a prática de delitos, especialmente crimes patrimoniais.
O líder da facção criminosa tem um extenso histórico policial, incluindo registros por crimes como roubos, roubo a residência, porte ilegal de arma de fogo, receptação, homicídio e tráfico de drogas.
As investigações também revelaram indícios de atividades financeiras ilícitas por parte do grupo criminoso. Transações em dinheiro vivo que totalizam cerca de R$ 50 mil foram identificadas, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro. Dessa forma, a operação não apenas visa desarticular a estrutura criminosa, mas também coletar elementos para a abertura de um inquérito policial a fim de investigar possíveis crimes de lavagem de capitais.