Proposta foi levantada na reunião do Grupo Pensando Novo Hamburgo e já virou realidade em Porto Alegre
Enquanto parte da sociedade e do Poder Público assiste passivamente a crise ambiental, que culmina com a morte do Rio dos Sinos, algumas idéias de preservação dos recursos naturais ganham destaque. Uma delas foi apresentada nesta quarta-feira na reunião do Grupo Pensando Novo Hamburgo.
Durante o encontro, Anderson Silva dos Santos apresentou a proposta que vem sendo adotada em Porto Alegre, de recolhimento de óleo de cozinha usado. Após reciclado, o óleo pode ser utilizado na produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e biodiesel, combustível que deve ter uma usina em Novo Hamburgo.
No projeto praticado na capital gaúcha, há 24 pontos de recolhimento do óleo, que deve ser usado acondicionado em garrafa plástica ou recipiente de vidro. A partir dali, as empresas Celgon, Faros e Oleoplan ficam responsáveis pela destinação dos resíduos coletados. A Celgon usa o óleo como gerador de energia em suas caldeiras, a Faros o aplica como base para a produção de ração animal e a Oleoplan desenvolve o biodiesel.
Anderson ressaltou que a reciclagem do óleo de cozinha tem grandes benefícios, tanto econômicos quanto ambientais, já que reduz o custo do tratamento de água e diminui os impactos da poluição nos arroios e rios.
Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), de Porto Alegre, por ser menos denso que a água, o óleo de cozinha forma uma película sobre a mesma, o que provoca a retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem quando colocados nas redes coletoras de esgoto.
Nos arroios e rios, a película formada pelo óleo de cozinha dificulta a troca de gases entre a água e a atmosfera, causando a morte de peixes e outros seres que necessitam de oxigênio.