Pesquisa revela bons níveis de conhecimento sobre prevenção ao HVI, mas também indicam que muitas não tem o ensino fundamental e já sofreram agressões
Novos resultados sobre o perfil das profissionais do sexo foram divulgados pelo Grupo de Pesquisa em Corpo, Movimento e Saúde da Feevale. Foram entrevistadas 39 mulheres de uma cidade da região do Vale dos Sinos, com idades entre 18 e 45 anos para o projeto de pesquisa “Imaginário das Profissionais do Sexo quanto à Qualidade de Vida e Prevenção” de autoria da professora Maria Teresa Cauduro.
Um dos tópicos pesquisados está conhecimento sobre o HIV/Aids. Além disso, as mulheres foram abordadas sobre sua escolaridade, tempo de carreira e sobre as agressões sofridas.
O conhecimento das participantes nas questões sobre prevenção da Aids, recebeu só acertos, as perguntas envolviam o uso de camisinha, o compartilhamento de seringas e agulhas e a existência da camisinha feminina. Mas, 27% das participantes da pesquisa, acreditam que o vírus pode ser transmitido a partir da picada de mosquito.
Mais da metade das prostituas, 54%, já foram vítimas de agressão, sendo que 50% foram dos próprios clientes, 25% por atual ou ex-companheiro fixo e 16,7% por clientes e familiares. Um grande percenteual, 29% não respondeu há quanto tempo está na profissão e 22,6 afirmaram se prostituírem entre um e três anos. Das pesquisas, 35% têm o ensino fundamental incompleto.
A pesquisa executada pelas acadêmicas Priscila Wachs (Fisioterapia) e Márcia Birk (Direito) e orientado pela professora Maria Teresa Cauduro, é vinculada ao trabalho“O conhecimento sobre HIV/AIDS de Profissionais do Sexo de uma cidade do Vale do Sinos – RS/Brasil”. O mesmo destacou-se no XIX Salão de Iniciação Científica da UFRGS.
Outros trabalhos deste projeto de pesquisa também foram apresentados na Feira de Iniciação Científica e Salão de Extensão da Feevale, que ocorreram em outubro deste ano. Orientadas pela professora Maria Teresa Cauduro, elas também tiveram onze trabalhos publicados em anais científicos em 2007.