Apesar de o número cair, ele ainda é elevado em alguns Estados do norte e nordeste. Doenças podem ser agravadas em pessoas com má alimentação e saúde debilitada.
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Segundo a constatação do Atlas do Saneamento 2011, divulgado nesta terça-feira, dia 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o país tem números de doenças pela falta de saneamento diminuído. Porém, no norte e nordeste do Brasil, os números ainda são elevados.
As doenças causadas pela má qualidade do saneamento básico são dengue, leptospirose e diarreias. Denise Kronemberger, uma das pesquisadoras do projeto, afirma que no norte e nordeste do país as doenças se agravam por conta da população vulnerável, que tem saúde debilitada e má alimentação. Para ela, essas doenças podem ser evitadas através de investimentos em ações de prevenção.
O levantamento mostra que em 1993, o país registrou 733 internações desse tipo por grupo de 100 mil habitantes. Já em 2008, a relação caiu para 309 por 100 mil. De acordo com Denise, uma análise mais aprofundada mostra disparidades por região. “Em estados das regiões Norte e Nordeste, que contam com serviço de saneamento menos eficiente, essas internações podem alcançar até 900 para cada 100 mil habitantes. Por outro lado, em São Paulo, por exemplo, vemos valores inferiores a 100 por 100 mil”, destacou a pesquisadora.
Com isso, o norte apresenta a situação mais grave em todo o país, pois apenas 3,5% dos domicílios de 13% dos municípios estão ligados à rede de esgoto. No entanto, São Paulo é o único Estado brasileiro em que quase todos os municípios dispõem de rede de esgoto. A principal deficiência do saneamento básico brasileiro é a falta de sistema de coleta de egosto, que atinge 44,8% dos municípios.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Ilustrativa