Novo Hamburgo recebeu nesta quarta-feira, 23, mais 800 doses da vacina contra febre amarela para atender as pessoas que planejam viajar nos próximos dias
Novas doses da vacina contra a febre amarela foram enviadas pelo Ministério da Saúde ao RS. Novo Hamburgo recebeu um novo lote do medicamento, repassado pela secretária estadual da Saúde, contendo 800 doses informa a coordenadora do departamento de vigilância e Saúde, a sanitarista Solange Shama.
A finalidade deste medicamente é atender exclusivamente aos cidadãos que estão planejando viajar para o carnaval em direção a áreas de risco, especialmente Mato Grosso e Goiás. As filas começaram a se formar desde as primeiras horas da manhã.
A sanitarista Solange Shama orienta a comunidade para o detalhe de que só precisa tomar a vacina quem for viajar para áreas de risco da febre amarela. “A população esta convidada a continuar combatendo o mosquito aedes egypti, que é o transmissor desta doença e também da dengue, para conseguir isto é preciso que se acabe com os depósitos de água paradas”, chama a atenção.
As pessoas estão utilizando diariamente o telefone 3595-1919, da Casa da Vacina, para se informar da chegada do material injetável. “No dia 22, por exemplo, recebemos mais de 300 ligações de pessoas que planejam viajar para áreas de risco perguntado sobre a disponibilidade da vacina”, afirmava na manhã desta quarta-feira, uma enfermeira que estava atendendo o público na Casa da Vacina.
Os hamburguense Protásio Ferreira Orives, 63, e a esposa Rute de 56, estavam na fila esperando a vez de receber a imunização, por volta das 11h desta quarta-feira. “Temos uma viagem para Manaus, programada para dia 16 e estamos nos antecipando para poder viajar tranqüilos”, argumentou Protásio.
Também estavam na fila dois jovens jogadores de futebol de um time amador de Sapiranga, Daniel Gomes, 16 e Kelvis de Oliveira, 16. Eles informaram que são moradores do município e jogam por um time amador de Sapiranga que deverá participar de um campeonato nos próximos dias na cidade de Saudades, Oeste de Santa Catarina, considerada área de risco pelo Ministério da Saúde.
O Ministro
O Ministro da Saúde José Gomes Temporão, em seu pronunciamento de rede de televisão, realizado dia 13 de janeiro nega risco de epidemia. Ele disse “Estou aqui para tranqüilizar a população brasileira sobre um assunto que está preocupando os cidadãos nos últimos dias. O temor de que esteja ocorrendo uma epidemia de febre amarela no país. Não existe risco de epidemia”, foi enfático.
Ainda segundo o ministro, o Brasil não tem casos de febre amarela urbana desde 1942. Os casos registrados de lá para cá foram todos de febre amarela silvestre, ou seja, de pessoas que contraíram a doença nas florestas. Desde 2003, a ocorrência de febre amarela silvestre em seres humanos vem caindo gradativamente.
Conforme notificações do Boletim Diário do Ministério, até o dia 21 de janeiro, a situação epidemiológica é de trinta e quatro notificações de casos suspeitos de febre amarela silvestre. Destes, doze casos foram confirmados, dos quais oito evoluíram para óbito e quatro tiveram cura. Outros quatorze casos foram descartados para febre amarela. Os prováveis locais de infecção dos casos confirmados ocorreram em áreas silvestres de Goiás e Mato Grosso do Sul.